O aumento da esperança média de vida concorre para o aumento da proporção de pessoas idosas. Com as alterações nas estruturas familiares (e.g., divórcio, ausência de filhos/as, emigração) a prestação de cuidados a pessoas idosas tem tido uma crescente resposta por parte da rede social formal. Perante a reduzida investigação sobre os profissionais que prestam cuidados a pessoas idosas nas estruturas residenciais de pessoas idosas, o presente estudo teve como objetivo descrever as características sociodemográficas, socioprofissionais e o estado de saúde física e psicológica destes profissionais. Usou-se um questionário sociodemográfico e profissional, o questionário sobre o estado de saúde (SF-36). Participaram 50 profissionais (86% mulheres), entre os 22 e os 65 anos de idade (M=40). A maioria realizou formação profissional adequada, os vínculos de trabalho são maioritariamente instáveis. O tempo na profissão oscilou entre 6 meses e os 21,6 anos (M=7,26) e as cargas horárias semanais são elevadas, com poucos tempos de descanso (fins de semana e férias). O nível de saúde física é moderado, o funcionamento social e a vitalidade são moderadamente baixos e o nível desaúde mental é baixo. O tempo na profissão mostrou estar associado a pior saúde. Este estudo contribui para a sistematização das características sociodemográficas e profissionais, bem como a sua associação com o nível de saúde destes profissionais e poderá contribuir para o repensar das condições de trabalho que poderão ser um fator protetor da saúde e do bem-estar, com um necessário impacto na qualidade da prestação de cuidados.

The increase in life expectancy contributes to the increase in the proportion of older adults. With changes in family structures (e.g., divorce, absence of children, emigration) the provision of care to the elderly has been increasingly performed by the formal social network. Regarding the reduced research on professionals who provide care to the elderly in the residential structures, the present study aimed to describe the sociodemographic, socioprofessional characteristics and the physical and psychological health status of these professionals. A sociodemographic and professional questionnaire, the questionnaire on health status (SF-36), was used. 50 professionals participated (86% women), between 22 and 65 years of age (M=40). Most have undergone adequate professional training employmentrelationships are mostly unstable. The time in the profession ranged from 6 months to 21.6 years (M=7.26) and the weekly workloads are high, with few rest times (weekends and holidays). The level of physical health is moderate, social functioning and vitality are moderately low and the level of mental health is low. Time in the profession was associated with worst health status. This study contributes to the systematization of sociodemographic and professional characteristics, as well as their association with the health level of these professionals and may contribute to rethink working conditions that may be a protective factor for health and well-being, with impact on the quality of care provision.