Teses e dissertações

Doutoramento
Antropologia
Título

Territorialidade e práticas educativas: vozes que (re)significam a identidade cultural do território de uma terra indígena urbana

Autor
Ribeiro, Maria do Perpétuo Socorro Nóbrega
Resumo
pt
O texto analisa a contribuição das práticas educativas no processo de ressignificação da identidade cultural do território de uma Terra Indígena urbana a partir do que pensam as crianças sateré-mawé” da Comunidade Indígena Beija-flor I, localizada no município de Rio Preto da Eva, no Amazonas. Acompanhamos as crianças em suas atividades cotidianas observando o processo de transmissão da cultura, pautado no uso de práticas educativas. Sendo um trabalho de cunho etnográfico utilizamos a observação participante, entrevistas e narrativas para a geração dos dados. Observamos como os adultos desenvolvem práticas educativas capazes de ensinar as crianças sobre cultura, identidade e território no ambiente escolar e familiar. Com base na legislação grifamos situações que divergem da obrigatoriedade do ensino da história e da cultura indígena nos conteúdos escolares. Na comunidade os pais procuram trabalhar a cultura no dia a dia das crianças na tentativa de fortalecer suas identidades, embora saibam da influência da cultura urbana na formação social e cultural das mesmas. Portanto, ressignificar a identidade cultural do território corresponde a uma ação dinâmica no espaço/tempo dos moradores, cujas vozes dão destaque ao paisagismo da Trilha do Selvagem como expressão máxima da cultura através dos totens, símbolos, alegorias e paisagem de uma territorialidade que une o homem a natureza. No decorrer da pesquisa as crianças nos ensinaram que não precisamos de grandes estruturas para [re] aprender nossas culturas. Por fim, convidamos o leitor a adentrar e conhecer o universo das crianças indígenas e reaprender a história do povo indígena brasileiro.
en
The text analyzes the contribution of educational practices in the process of re-signification of the cultural identity of the territory of an urban Indigenous Land based on what the SateréMawé children think of the Beija-Flor I Indigenous Community, located in the municipality of Rio Preto da Eva, in the Amazon. We accompany the children in their daily activities observing the process of transmission of culture, based on the use of educational practices. Being an ethnographic work we use participant observation, interviews and narratives to generate the data. We observe how adults develop educational practices capable of teaching children about culture, identity and territory in the school and family environment. Based on the legislation, we have highlighted situations that diverge from the obligation to teach indigenous history and culture in school contents. In the community, parents seek to work culture in the daily life of children in an attempt to strengthen their identities, although they know the influence of urban culture on their social and cultural formation. Therefore, to re-signify the cultural identity of the territory corresponds to a dynamic action in the space / time of the inhabitants, whose voices highlight the landscaping of the Wild Trail as the maximum expression of culture through the totems, symbols, allegories and landscape of a territoriality that unites the man the nature. Throughout the research the children have taught us that we do not need large structures to [learn] our cultures. Finally, we invite the reader to enter and discover the universe of indigenous children and relearn the history of the Brazilian indigenous people.

Data

12-nov-2018

Palavras-chave

Identidade cultural
Estratégias educativas
Minorias étnicas
Cultura urbana
Antropologia cultural
Antropologia da educação
Memória cultural
Amazonas - Brasil

Acesso

Acesso livre

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