A participação política é uma forma de engajamento político ativo, de um papel substancial na inclusão social dos indivíduos. Os jovens, como as mulheres e certos grupos sociais, pela perceção que lhes é atribuída socialmente, estão historicamente posicionados à margem da sociedade, apesar da inclusão social ser um dos pilares da democracia e a protuberância juvenil exigir a inclusão sociopolítica dos jovens. Na Guiné-Bissau, a juventude desempenha um papel político importante, tanto na sociedade civil quanto nos partidos políticos, como ativistas, membros de partidos políticos ou comparecendo as eleições. No entanto, a sua criatividade, dinamismo e capacidade de inovação é negligenciada, considerando a baixa percentagem de jovens que ocupam cargos de liderança política no país, o que evidencia a marginalização da juventude na governação. A dissertação analisa a tendência de participação política da juventude, tendo em conta o aparente desengajamento político da juventude africana apurado nas conclusões da 6ª ronda de pesquisas do Afrobarómetro em 2016 e identifica os entraves a sua representação nos lugares cimeiros da esfera pública, partindo da África Ocidental para o caso da Guiné-Bissau. Fazendo uso de dados qualitativos e quantitativos, a dissertação conclui que, apesar da vulnerabilidade e marginalização estrutural que permeia uma agência ativa dos jovens e sua normal transição para a vida adulta, a juventude guineense é politicamente engajada, observando que a adoção de políticas de inclusão e representação dos jovens na política formal é uma solução ideal para a marginalização da juventude.

Political participation is a form of active political engagement that plays a significant role in the social inclusion of individuals. Historically, young people, as well as women and certain social groups, have often found themselves positioned on the fringes of society due to social perceptions, even though social inclusion is a fundamental pillar of democracy. The youth bulge underscores the necessity of socio-political inclusion for young people. In Guinea-Bissau, young people play an essential political role, both in civil society and within political parties, serving as activists, party members, or by running for elected positions. However, their creativity, dynamism, and capacity for innovation are often overlooked, as reflected by the low percentage of young people in key political leadership positions in the country. This underscores the marginalization of youth in governance. The dissertation analyzes the trend of youth political participation, taking into account the apparent political disengagement of African youth as indicated in the conclusions of the 6th round of Afrobarometer surveys in 2016. It also identifies the obstacles to their representation in top positions in the public sphere, beginning with West Africa and then focusing on the case of Guinea-Bissau. By utilizing qualitative and quantitative data, the dissertation concludes that, despite the vulnerability and structural marginalization that affect young people's active agency and their transition to adulthood, Guinean youth are politically engaged. It notes that the adoption of policies to include and represent young people in formal politics offers an ideal solution to address youth marginalization.