Teses e dissertações

Mestrado
Psicologia Comunitária, Proteção de Crianças e Jovens em Risco
Título

Contributo para a avaliação da qualidade das visitas parentais em acolhimento familiar: A escala de responsividade parental nas visitas em acolhimento familiar

Autor
Pereira, Catarina Peres
Resumo
pt
As crianças e jovens acolhidos em famílias de acolhimento mantêm contactos com a sua família de origem, através de visitas que podem ser supervisionadas para avaliar e dar apoio à reunificação familiar (e.g., Bullen et al., 2015). Contudo, existe uma lacuna nos instrumentos disponíveis para avaliar a qualidade das visitas (e.g., Van Holen et al., 2024). Este estudo pretendeu desenvolver uma escala de observação para a avaliação da qualidade da interação pais-criança (Escala de Responsividade nas Visitas em Acolhimento Familiar [ERP-VAF]), para cotação no momento pelos profissionais em promoção e proteção. Contou com uma amostra de 20 crianças e respetivas mães, com idades compreendidas entre os 4 e 6 anos, e os 20 e 41 anos, respetivamente. A qualidade da interação mãe-criança foi avaliada através de um procedimento semiestruturado, recorrendo-se à ERP-FAV e às Escalas de Sensibilidade- Insensibilidade e Cooperação-Interferência de Ainsworth et al. (1978). A psicopatologia materna foi avaliada através do Inventário de Sintomas Psicopatológicos e o desenvolvimento mental das crianças através das Escalas de Desenvolvimento Mental de Ruth Griffiths. Quanto aos resultados, a ERP-VAF apresentou um acordo interobservadores excelente. Valores mais elevados na ERP-VAF revelaram estar fortemente associados à sensibilidade e cooperação maternas, e a uma maior escolaridade materna. Embora exploratórios, os resultados deste estudo poderão vir a contribuir para a avaliação das visitas de contacto em acolhimento familiar, auxiliando os profissionais nos processos de tomada de decisão.
en
Children and youth in foster care maintain contact with their birth family through visits, which can be supervised to assess and support family reunification (e.g., Bullen et al., 2015). However, there is a lack of measures for the assessment of those visits’ quality (e.g., Van Holen et al., 2024). The aim of this study was to develop an observational scale to assess the quality of interaction during contact visits (Parental Responsiveness Scale in Foster Care Visits [PRSFCV]), to be coded in the moment. It included a sample of 20 children and their mothers, aged between 4 and 6 years, and 20 and 41 years, respectively. The quality of mother-child interaction was assessed based on a semi-structured procedure, using the PRS-FCV and the Ainsworth and colleagues’ (1978) Sensitivity and Cooperation Scales. Maternal psychopathology was assessed using the Brief Symptom Inventory, and child mental development was assessed using the Ruth Griffiths Mental Development Scales. As for the results, the PRS-FCV showed excellent interobserver agreement. Higher PRS-FCV scores were strongly associated with maternal sensitivity and cooperation, and a higher maternal education. Although exploratory, the results of this study may contribute to the assessment of contact visits in foster care and assist professionals in decision-making processes.

Data

16-dez-2024

Palavras-chave

Acolhimento familiar
Visitas de contacto
Família de origem
Qualidade da interação pais-criança
Non-kinship foster care
Contact visits
Birth families
Quality of parentchild interaction

Acesso

Acesso livre

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