Adotando uma perspetiva de autorregulação (Bandura, 1986; 1991) para o estudo do comportamento de procura de emprego, esta investigação utiliza a Teoria do Comportamento Planeado (Ajzen, 1991) para predizer o comportamento de procura de emprego de jovens recém-diplomados (N=217). A Teoria é utilizada de forma independente e como mecanismo mediador das influências da pressão financeira, da satisfação geral e específica com o trabalho (no caso dos empregados) e do compromisso com o emprego (no caso dos desempregados). A análise do instrumento revelou estruturas não previstas, mas com sentido na população em estudo. De uma maneira geral, os resultados mostraram que os constructos da Teoria do Comportamento Planeado são úteis para prever a procura de emprego, com especial destaque para as atitudes face a este comportamento, que o influenciam através das intenções. A comparação entre empregados e desempregados revelou que as atitudes são determinantes para os primeiros e a autoeficácia para os segundos. Para os indivíduos sem emprego, a menor aplicação de uma estratégia de procura de emprego sofre influências das crenças sobre a sua capacidade de realizar com sucesso o comportamento alternativo. A pressão financeira influenciou a procura de trabalho através da Teoria do Comportamento Planeado, nomeadamente através do caminho atitude-intenção. Quando comparados empregados e desempregados, este modelo explicativo operou nos primeiros, mas não nos segundos. No caso dos indivíduos com emprego, a satisfação com o trabalho predisse o comportamento de procura de emprego através da diminuição de atitudes positivas face à procura de emprego que, por conseguinte, predisseram intenções e comportamento. No caso dos indivíduos sem emprego, os efeitos do compromisso com o trabalho no comportamento foram inconsistentes. As implicações destes resultados para profissionais de recursos humanos, legisladores e profissionais que trabalham com jovens recém-diplomados desempregados são discutidas e complementadas com sugestões para investigações futuras.

Implementing a self-regulation perspective (Bandura, 1986; 1991) to the study of job search, this investigation resorted to the Theory of Planned Behaviour (Ajzen, 1991) to predict job search behaviour in a sample of young recent graduates (N=217). The Theory was tested autonomously and as a mediator to the influences of financial strain, job satisfaction (for those who were employed) and employment commitment (for those who were unemployed). Analysis of the instrument revealed unforeseen structures, which were relevant and meaningful to the population. Generally, results supported the usefulness of the constructs in the Theory to predict job search, especially of the attitudes towards this behaviour, which influenced it through intentions. Disentanglement of employed and unemployed sub-samples revealed that attitudes were determinant to the former and self-efficacy to the latter. For the unemployed, less engagement in a particular strategy was influenced by beliefs about their ability to succeed in the execution of the alternative job search behaviour. Financial strain influenced job search behaviour through the Theory of Planned Behaviour, specifically through the attitude-intention path. Comparing between employed and unemployed sub-samples, this model held for the former, but not for the latter. With reference to employed individuals, job satisfaction predicted job search behaviour by decreasing positive attitudes towards job search, subsequently, predicting intentions and behaviour. Regarding unemployed individuals, the effects of employment commitment were inconsistent. The implications of these results for human resources professionals, policy makers and professionals working with unemployed young recent graduates are discussed and complemented with suggestions for forthcoming research.