Título
Pasts returned: archaeological heritage repatriation policy in Turkey and the plans for a future nation
Autor
Teixeira, Maria Inês
Resumo
pt
A repatriação de património arqueológico representa um tema crítico nos media internacionais e
levanta questões complexas sobre identidades nacionais e a noção de legítima propriedade.
Repatriação define-se como a devolução de um artefacto ao seu país de origem após ter estado sob o
cuidado de um museu estrangeiro. Ao longo da última década, a Turquia ocupou o núcleo da discussão
devido ao seu elevado número de pedidos de restituição de artefactos de origem turca, actualmente
expostos em museus de todo o mundo. O caso da devolução de uma esfinge Hitita pelo Museu
Pergamon em Berlim causou particular agitação entre os museus europeus, uma vez que a estratégia
por parte do governo turco foi largamente baseada em medidas ameaçadoras, não numa predisposição
para cooperação. Este estudo dá continuidade a investigação anterior sobre o caso da esfinge Hitita,
focando um aspecto particular: o sonho de uma futura Turquia, não de um passado conflituoso com a
Europa. Esta dissertação argumenta que as políticas turcas de repatriação de património arqueológico
são uma ferramenta crucial para a construção de uma futura nação, e que o caso da esfinge Hitita é
particularmente útil para entender o sonho turco de adquirir autonomia na arena internacional
en
Archaeological heritage repatriation remains a critical topic in international media and raises complex
questions surrounding national identity and notions of rightful ownership. Repatriation is defined as
the return of an artefact to its country of origin after having been kept under the stewardship of a foreign
museum. Over the last decade, Turkey played a central role due to its high number of requests for
museums to return artefacts found in the Turkish soil. The case of the request for a Hittite sphinx from
the Pergamon Museum in Berlin caused particular distress among European museums, largely because
the strategy of the Turkish government to recover the artefact was based on threatening measures,
rather than a predisposition for cooperation. This dissertation extends prior work written about the
Hittite sphinx case, by shedding light on one particular aspect: the dream for a future Turkey rather
than past conflict with Europe. I argue that Turkish archaeological heritage repatriation policy is a
crucial tool for the construction of a future nation, and that the Hittite sphinx case is particularly useful
for understanding the Turkish dream of acquiring autonomy in the international arena.