Título
The Portuguese agrarian reform: why no violent repression?
Autor
Marques, Ana Rita Monteiro
Resumo
pt
Esta dissertação examina a questão da não violência na implementação da reforma agrária em Portugal (1974-6). Através da análise de dados de arquivo e de entrevistas a dissertação explica que, apesar da crise de estado e das ações violentas que decorriam, durante a transição democrática, nos centros urbanos do país, que as ocupações de terra, tanto legais como ilegais, não levam a ação violenta no meio rural. Usando o método de triangulação demonstra-se que a articulação de um conjunto de fatores contribuí para o desenrolar de um processo pacífico. É a ausência de forças conservadores assim como a ausência de uma organização de classe juntamente com o radicalismo das forças de esquerda e a sua articulação simbiótica com as forças governamentais que faz com que, ao contrário do esperado, nenhum dos atores recorra a ações violentas.
en
This dissertation examines the question of non-violence in the process of implementation of the Portuguese agrarian reform (1974-6). Through data and interview analysis the dissertation explains that, despite the state crises and violent actions that were perpetrated, during the democratic transition, in the urban centers of the country, the land occupations, both legal and illegal, do not lead to violent action in the countryside. Using triangulation as a preferred method it is demonstrated that the articulation of a set of factors contributes to a peaceful process. It was the absence of conservative forces as well as the lack of a class organization along with the radicalism of left-wing forces and their symbiotic articulation with governmental forces that makes so that none of the actors resort to violent actions, despite what was to be expected.