No dia 7 de Dezembro decorre na Fundação Calouste Gulbenkian o Laboratório Colaborativo: dinâmicas urbanas, património, artes organizado pelo DINÂMIA'CET-IUL em parceria com CHAIA- Universidade de Évora e a Fundação Calouste Gulbenkian.
A entrada é livre
Programa
14:00 | Abertura: João Vieira (FCG; Biblioteca de Arte e Arquivos), Paula André (ISCTE-IUL), Paulo Simões Rodrigues (UE), Margarida Brito Alves (FCSH-UNL)
14:15 | Sessão – Dinâmicas Urbanas – Moderação: Paula André
Ana Barata (FCG; Biblioteca de Arte e Arquivos)
14:30 | Deixar-se Perder na Cidade – Teorias Urbanas a partir do Século XIX
Carla Duarte (DINÂMIA’CET-IUL; ISCTE-IUL)
14:50 | Évora 3D: processos, decisões e objectivos
Gustavo Val-Flores (CHAIA; Universidade de Évora; Câmara Municipal de Évora),
15.10 | Debate
15:30 | Sessão – Património – Moderação: João Vieira
Ana Barata (FCG; Biblioteca de Arte e Arquivos)
15:45 | “Português Suave” e “Arquitectura Doce”
Margarida Marino (DINÂMIA’CET-IUL; ISCTE-IUL)
16:05 | Séries de Vegetação como referência no desenvolvimento e conservação da paisagem
Mariana Machado (CHAIA; Universidade de Évora)
16:25 | Pausa café
16:45 | Sessão – Artes – Moderação: Paulo Simões Rodrigues
Ana Barata (FCG; Biblioteca de Arte e Arquivos)
17:05 | Para um entendimento do fenómeno cromático na Arquitectura
Catarina Álvares (ISCTE-IUL)
17:25 | O retrato pintado em Portugal e no Brasil nas três primeiras décadas do século XIX
Patrícia Telles (CEAACP, Universidade de Coimbra; CHAIA, Universidade de Évora)
17:45 | Debate
18:05 | Encerramento
De acordo com os objectivos principais da actual política de ciência e tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tendo em conta a “complexidade do real” (Edgar Morin), e de acordo com a diversificação e espacialização institucional do ensino superior, importa animar a capacidade das instituições e unidades de I&D para colaborarem entre si e com múltiplos agentes, promovendo ambientes criativos e de reunião de massa critica.
Conscientes do enquadramento actual e das necessidades emergentes, no âmbito económico, social, cultural e artístico, importa reunir recursos interdisciplinares e multidisciplinares das Ciências Sociais e Humanidades, e suas interacções temáticas, num sistema científico diversificado e dinâmico, tendo como âncora a actividade científica, pedagógica e de difusão, mobilizando o envolvimento de estudantes dos diferentes ciclos de estudos.
Importa procurar um sistema científico inclusivo, assumindo o conhecimento histórico como activo económico-social, e como ferramenta operativa para agir no presente, desenhar acções no futuro, através da aplicação do conhecimento gerado, da sua apropriação social, do alargamento da base social de apoio para actividades baseadas em conhecimento, e da sua disseminação em acesso aberto.
Assim e na sequência das directrizes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, num caldear da investigação derivada pela curiosidade académica (“Frontier Research”), e da investigação baseada na prática (“Practice-based Research”), no sentido de estimular novas agendas de investigação, ensino e difusão, entre instituições científicas de ensino superior, e centros de investigação, o Laboratório Colaborativo: dinâmicas urbanas, património, artes, enquadra-se no desafio e objectivo de facilitar a densificação de actividades baseadas no conhecimento com potencial valor socioeconómico, integrando os desafios societais contemporâneos, procurando uma efectiva ligação externa às instituições da cultura, e ainda facilitador de novo conhecimento de criatividade e de difusão, numa crescente partilha e participação pública, suportado por uma cultura de diálogo e uma contínua e estimulante reflexão critica.
As três áreas do Laboratório Colaborativo (Dinâmicas Urbanas, Património, Artes), estão organizadas em três sessões coordenadas pelos respectivos moderadores, cada uma contando com uma apresentação da revisão historiográfica de obras da Biblioteca de Arte e Arquivos da FCG a cargo da Drª Ana Barata, e com as comunicações dos doutorandos das Instituições envolvidas. No final de cada sessão existe um espaço de debate aberto ao público, cativando-o a participar e a manifestar-se.
O Laboratório Colaborativo: dinâmicas urbanas, património, artes. II – Seminário de Investigação, Ensino e Difusão, conta com a edição de uma Antologia de Ensaios, onde são publicados os textos de apresentação, os textos relativos à revisão historiográfica e os textos das comunicações, numa edição publicada on-line no Repositório Digital de Publicações Cientificas do ISCTE-IUL.
O texto Deixar-se Perder na Cidade – Teorias Urbanas a Partir do Século XIX apresenta uma viagem pelo universo do caminhar iniciando o seu itinerário pelo conceito oitocentista de flâneur preconizado por Poe, Beaudelaire e Benjamin e percorre igualmente os universos dos dadaístas e da deriva situacionista, alcançando um tempo mais contemporâneo com Careri e com o conceito de transurbância.
O texto Évora 3D: processos, decisões e objectivos reflecte sobre as potencialidades da tecnologia digital para a investigação na área da história das cidades e para a transmissão/comunicação do seu conhecimento, designadamente através da recriação de diferentes períodos cronológicos. A abordagem aqui apresentada centra-se no estudo de caso da cidade de Évora.
O texto “Português Suave” e “Arquitectura Doce” centra-se em dois conceitos operativos da História da Arquitectura Portuguesa do século XX: Português Suave (José Manuel Fernandes) e Arquitectura Doce (Pedro Vieira de Almeida) revelando dinâmicas da historiografia portuguesa nas fronteiras da modernidade e da tradição.
O texto Séries de Vegetação como referência no desenvolvimento e conservação da paisagem visa, através do estudo do azereiro e da adelfeira, contribuir para a compreensão e o conhecimento da dinâmica da paisagem, de modo a que a comunidade tenham uma atitude pró-activa nas actividades que se relacionam com o ambiente.
O texto Para um entendimento do fenómeno cromático na Arquitectura toma como ponto de partida o ensino artístico e a fundação de escolas como a Vkhutemas (Rússia) e a Staatliches-Bauhaus (Alemanha), e foca-se na cor e na luz como elementos fundamentais ao exercício do Projecto de Arquitectura, materializando essa teoria no processo do estudo de cor do projecto de um Centro Náutico de Sines.
O texto O retrato pintado em Portugal e no Brasil nas três primeiras décadas do século XIX aborda através de uma dinâmica comparatista os pintores de retrato de Portugal e do Brasil dos inícios do Século XX, evidenciando as ambiguidades de uma sociedade que buscava representar-se, sublinhando igualmente a resultante produção heterogénea, reflectindo o confronto das expectativas de retratado e retratista e a circulação de modelos e pintores internacionais.
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Coordenação:
Ana Barata (FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos)
João Vieira (FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos)
Margarida Brito Alves (FCSH-UNL – IHA)
Paula André (ISCTE-IUL – DINÂMIA’CET-IUL)
Paulo Simões Rodrigues (UE – CHAIA)
Comissão Cientifica:
Ana Barata (FCG - Biblioteca de Arte e Arquivos)
Margarida Brito Alves (FCSH-UNL – IHA)
Paula André (ISCTE-IUL – DINÂMIA’CET-IUL)
Paulo Simões Rodrigues (UE – CHAIA)
Instituições envolvidas:
FCG – Fundação Calouste Gulbenkian
Biblioteca de Arte e Arquivos
FCSH-Universidade Nova de Lisboa - IHA
Doutoramento em Estudos Artísticos – Arte e Mediações – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa – IHA
ISCTE-IUL – Instituto Universitário de Lisboa – DINÂMIA’CET-IUL
Mestrado Integrado em Arquitectura – Doutoramento em Arquitectura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos – Mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura, ISCTE-IUL – Instituto Universitário de Lisboa, DINÂMIA’CET-IUL
Universidade de Évora - CHAIA
Doutoramento em História da Arte – Rede Heritas – Estudos de Património – Programa de Doutoramento FCT em Rede, Universidade de Évora, CHAIA
Comissão Executiva:
DINÂMIA’CET-IUL
Bruno Vasconcelos
Fátima Santos
Maria João Machado
Maria José Rodrigues
Mariana Leite Braga
Paula André