As competências transversais (“soft skills”) são o ponto diferenciador dos diplomados do Iscte relativamente aos de outras universidades, pelo menos no entender das entidades empregadoras  auscultadas pelo Inquérito lançado pela Unidade de Qualidade do Iscte em 2022 e concluído em 2023.

Neste Inquérito às Entidades Empregadoras participaram 202 instituições, as quais recrutaram diplomados do Iscte (dos anos letivos de 2017/2018, 2018/2019 e 2019/2020), que se encontravam a trabalhar um ano após o curso.

O fator que foi o mais valorizado pelos empregadores para o recrutamento foi a comunicação/atitude na entrevista de emprego, seguindo-se a experiência na função e as atividades extracurriculares (voluntariado, desporto, etc.). 

Quanto aos diplomados do Iscte, as avaliações das empresas/organizações relativas ao grau de preparação para o mercado de trabalho e ao seu grau de satisfação foram globalmente bastante positivas. Numa escala de 1 a 5, os empregadores avaliaram o grau de preparação para o mercado de trabalho dos licenciados em 4,3  e avaliaram o nível de satisfação com os diplomados das licenciaturas em 4,5 (média). Relativamente aos diplomados dos mestrados, os empregadores avaliaram o grau de preparação dos mestres para o mercado de trabalho em 4,4 e o grau de satisfação com os mestres recrutados em 4,6 (média). 

As 4 competências dos diplomados do ensino superior mais valorizadas pelos empregadores para serem bem-sucedidos nas respetivas empresas/organizações (escala 0/10) foram, por ordem decrescente, a capacidade de aprender, ética e integridade, responsabilidade e trabalho em equipa. Os diplomados do Iscte foram mais bem avaliados precisamente nestas mesmas quatro competências.

Todas as competências apresentadas nesta secção do inquérito eram competências transversais ("soft skills"), as quais têm assumido uma importância crescente para os empregadores - e ainda mais recentemente por estas não serem replicáveis pela inteligência artificial - e também cada vez mais importantes para o sucesso profissional individual.

Os diplomados do Iscte foram globalmente bem avaliados nessas mesmas competências. O elevado grau de desempenho dos diplomados do Iscte ao nível dessas competências transversais/competências comportamentais e interpessoais tem sido destacado nos vários inquéritos realizados, assim como em avaliações externas ao Iscte nos últimos anos.

Por último, quando questionadas sobre a disponibilidade para contratar mais diplomados do Iscte nos próximos dois anos, 88% das entidades empregadoras afirmaram que poderão vir a fazê-lo com um grau de probabilidade igual ou superior a 7 (escala 0/10).

Em jeito de conclusão, os empregadores sugerem a continuação do investimento nas competências transversais e na ligação ao mercado de trabalho, quer seja através de estágios (curriculares ou profissionais), quer seja da componente mais prática da formação.