Título
Observing subtle discrimination at the workplace: taking a third-person perspective on workplace microaggressions
Autor
Schäfer, Laura Frederica
Resumo
pt
Apesar do recente interesse no conceito de microagressões, a sua validade científica tem sido
criticada por focar-se nas perceções individuais dos afetados. Assim, o presente estudo, com
um design experimental misto 2x2, examinou as perceções de terceiros observadores de
microagressões no trabalho, em relação à questão fundamental sobre se as microagressões são
reconhecíveis (N = 271). Propôs-se que as microaggressões podem ser distinguidas de situações
neutras, por serem frequentemente não intencionais, sem consciencialização, mas, ainda assim,
discriminatórias. Também se propôs que o efeito do tipo de situação (microagressão vs neutra)
e as intenções comportamentais ocorresse via perceção da situação como microaggressão. Além
disso, com base em investigação sobre comportamento do observador, presumiu-se que a
presença de uma figura de autoridade exacerbaria as intenções comportamentais prevalecentes,
interagindo com a perceção de responsabilidade, e que a perceção de severidade também
exacerbaria as intenções comportamentais. Como esperado, os observadores distinguiram
microaggressões de interacções neutras, e as intenções comportamentais decorrentes foram
mediadas pelas perceções de microagressão. Embora houvesse interação significativa entre
figura de autoridade e intenções comportamentais, bem como tipo de situação, a moderação
não pôde ser examinada, devido a limitações do instrumento analítico. No entanto, foram
encontradas associações entre responsabilidade e severidade da situação e tipo de situação, o
que dará origem a mais investigação. Com base na principal conclusão sobre a relevância da
perspetiva de observadores, são desenvolvidas recomendações para investigação futura que
fazem avançar o conhecimento na literatura sobre microagressões e promovem a diversidade e
a inclusão na prática organizacional.
en
Despite recent interest in the construct of microaggressions, its scientific validity has been
strongly criticized for its focus on the individual perceptions of those affected. Thus, the present
study, with a (2x2) mixed experimental design examined third-party observers' perceptions of
microaggressions in the workplace, in relation to the fundamental question of whether
microaggressions are recognizable (N = 271). It was hypothesized that microaggressions can
be distinguished from neutral situations as they are often unintentional and out of awareness of
the deliverers, but nonetheless discriminatory. It was also expected that the effect of situation
type (microaggression vs neutral) on behavioral intentions was mediated by perception of a
situation as a microaggression. Furthermore, based bystander behavior research inputs, the
presence of an authority figure was assumed to exacerbate the prevailing behavioral intentions,
interplaying with perceived responsibility. Finally, perceived severity was expected to also
exacerbate behavioral intentions. As expected, observers distinguished microaggressions from
neutral interactions and resulting expected behavior was mediated by perceptions of
microaggression. While significant interactions were found between authority figure and
behavioral intentions, as well as situation type, moderation of perceptions of responsibility and
severity could not be examined due to limitations associated with the analytical instrument.
Nevertheless, associations between responsibility and severity of the situation and situation
type were found, which gives rise to further research. Based on the main conclusion on the
relevance of the third person perspective, recommendations for future research are developed
that advance knowledge in microaggressions literature and promote diversity and inclusion in
organizational practice.