Título
Os sistemas naturais como mediadores. Cidade paisagem agrícola
Autor
Esteves, Leonardo Alexandre Lopes
Resumo
pt
Os caminhos da água na cidade de Lisboa estão presentes no seu funcionamento,
ainda que, ao longo do tempo, a sua notoriedade tenha vindo a
diminuir, sobretudo a partir dos finais do Séc. XIX, com a industrialização.
A cidade invadiu vales e zonas agrícolas e retirou aos habitantes a relação
direta com o rio.
O trabalho aborda a urgência de recuperar a relação com a natureza, tornando-
a mais sensível aos sistemas naturais e mais permeável e produtiva a
relação artificial-natural. A crise habitacional que tem vindo a afetar muitas
das grandes Capitais, como Lisboa, impele a necessidade de as densificar
para providenciar habitação digna, o que impõe pensar novas propostas de
habitar coletivo e explorar novas formas de construir.
O exercício divide-se em seis jornais, que correspondem a igual número de
abordagens teórico-práticas, que incidem sobre o conhecimento da cidade
e dos seus sistemas, sobretudo os hidráulicos, e numa construção de uma
proposição acerca do seu futuro. São questionados os modos de fazer passados
e contemporâneos e é lançada hipótese de transformar um troço de
um dos vales que mais marcantes da cidade, Chelas, num grande parque
urbano, à imagem de Monsanto, tornando-o um território unido por uma
paisagem agrícola e habitada que, com referências ao passado, contempla
a visão de uma cidade futura.
en
The water paths in the city of Lisbon are present in its operation, although,
over time, its notoriety has been decreasing, especially from the end of the
XIX century, with industrialization. The city invaded valleys and agricultural
areas and deprived the inhabitants of the direct relationship with the river.
The work addresses the urgency of recovering the relationship with nature,
making it more sensitive to natural systems and more permeable and productive
the artificial-natural relationship. The housing crisis that has been
affecting many of the large capitals, such as Lisbon, impels the need to densify
them to provide decent housing, which requires thinking about new proposals
for collective housing and exploring new ways of building.
The exercise is divided into six papers, corresponding to an equal number of
theoretical and practical approaches, which focus on understanding the city
and its systems, especially the hydraulic ones, and on constructing a proposition
about its future. Questioning past and present practices, the proposal
is to transform part of one of the city’s most striking valleys, Chelas, into a
large urban park, in the image of Monsanto, making it a territory united by
an agricultural and inhabited landscape that, with references to the past,
contemplates the vision of a future city.