A exploração afeta significativamente a saúde mental dos indivíduos e, em empregos com elevado contacto com público, pode levar a um declínio na qualidade dos serviços prestados. Ainda assim, a exploração no sector da saúde, particularmente no contexto português, continua a ser pouco estudada. Deste modo, torna-se essencial aprofundar este tema para que as organizações possam ter uma visão dos seus problemas e consigam agir adequadamente de forma a contribuir para uma melhoria da saúde mental e do bem-estar dos seus colaboradores. O principal objetivo desta investigação foi estudar de que forma a perceção da exploração afeta os níveis de burnout e de sintomas depressivos dos profissionais de saúde. Adicionalmente, foi também estudado se diferenças individuais poderiam moderar esta relação. Os dados recolhidos para esta investigação foram obtidos através de um inquérito Qualtrics® onde obtivemos 128 respostas de profissionais de saúde e 25 respostas de pessoas próximas a estes. Estes dados foram posteriormente analisados no programa de análise estatística SPSS. A nossa análise revelou uma clara relação positiva entre a perceção dos profissionais de saúde de estarem a ser explorados e os seus níveis de burnout e sintomas depressivos. No entanto, não encontrámos evidência de diferenças individuais que moderassem estas relações. No futuro, a utilização de um maior número de respostas e também a inclusão de dados qualitativos acrescentariam valor ao presente estudo. Adicionalmente, um estudo longitudinal destas variáveis poderia potencialmente melhorar a nossa compreensão e ajudar a desenvolver possíveis intervenções.

Exploitation significantly impacts individuals’ mental health, and in people-oriented jobs, it can lead to a decline in the quality of care provided to others. Even so, exploitation in the healthcare sector, particularly within the context of Portugal, remains understudied. Thus, it becomes essential to delve into this subject so that organizations can gain insight into their problems and act appropriately to enhance their workers’ mental health and overall well-being, with consequent maintenance of a high standard of care. Therefore, the main goal of this research was to study how perceived exploitation affects burnout and depressive symptoms levels in healthcare workers. Additionally, it was also studied whether individual differences could moderate this relationship so that the negative effects of exploitation could be mitigated or exacerbated. In order to see if burnout could be identified externally, the perception of others of the HCWs’ burnout was also studied. The data gathered for this research was through a Qualtrics® survey where we obtained 128 valid answers from HCWs and 25 answers from the HCWs’ dear ones. This data was later analyzed through the SPSS program. Our analysis revealed a clear positive relationship between the HCWs' perception of being exploited and their levels of burnout and depressive symptoms. However, we did not find evidence of individual differences moderating these relationships. For future research, it would be beneficial to seek a higher number of respondents and include qualitative data. Additionally, a longitudinal study of these variables could potentially enhance our understanding and aid in developing possible interventions.