Título
Empowerment da pessoa com doença mental em contexto hospitalar: o saber e o agir do assistente social
Autor
Ferreira, Catarina Vieira
Resumo
pt
O Mestrado em Serviço Social, do Departamento de Sociologia e Políticas Públicas do
ISCTE-IUL culmina com a elaboração de uma dissertação orientada para a apropriação
crítica do conhecimento e aperfeiçoamento das práticas profissionais, no âmbito do Serviço
Social contemporâneo.
Estamos perante o resultado final da conjugação teórica e empírica no âmbito de um
tema: Empowerment da pessoa com doença mental em contexto hospitalar: o saber e o agir
do assistente social.
O seu objectivo geral é conhecer e sistematizar as representações dos assistentes
sociais e formas de operacionalização do empowerment junto da pessoa com doença
mental, nos estabelecimentos psiquiátricos geridos pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do
Sagrado Coração de Jesus, em Portugal.
Este estudo é de tipo descritivo, indutivo e privilegia a metodologia compreensiva.
Para a recolha de dados foram aplicadas as técnicas da entrevista e da análise documental.
Na fase da análise e interpretação de dados recorreu-se à análise de conteúdo/ categorial.
Ao nível dos resultados constatou-se que o Instituto privilegia a intervenção com
centralidade na pessoa assistida, sendo ela a verdadeira razão de ser do projecto
hospitaleiro. A pessoa é reconhecida como sendo “a protagonista da sua história de vida”.
Na análise das narrativas, o empowerment está associado à autodeterminação,
estando a pessoa implicada nos campos decisórios inerentes à sua vida diária e à vida
institucional. O empowerment é associado à autonomia pessoal, à advocacia e ao poder. O
profissional representa o utente na concretização dos seus direitos e transfere poder à
pessoa através do seu acesso à informação e às oportunidades (bens e serviços), com vista
à sua recuperação pessoal.
Para conferir autonomia à vida diária da pessoa assistida, as assistentes sociais
consideram relevante: a delineação de actividades conjuntamente com as utentes; a
liberdade para a tomada de decisão; a responsabilização da pessoa; a igualdade no
tratamento; a cedência de informação relativa aos vários domínios do funcionamento
institucional; e o seu envolvimento no processo terapêutico.
en
The Master of Social Work, in the Department of Sociology and Public Policy at ISCTE-IUL
culminates in the elaboration of a dissertation oriented towards a critical appropriation of
knowledge and the improvement of professional practices in the context of contemporary
Social Work.
We are facing the final result of combining the theoretical and empirical under the
theme: Empowerment of people with mental illness in the hospital context: the knowledge
and action of social worker.
Its overall objective is to understand and systematize representations of social workers
and ways of operationalizing the empowerment of the person with mental illness in
psychiatric establishments managed by the Institute of the Hospital Sisters of the Sacred
Heart of Jesus, in Portugal.
This study is descriptive, inductive and favors a comprehensive methodology. The
techniques of interviews and document analysis were employed for data collection. At the
stage of analysis and interpretation of data we resorted to content analysis / categorical.
Regarding the results, it was found that the Institute focuses on intervention centered
on the assisted person, them being the real reason for the hospitality project. The person is
recognized as "the protagonist of his life story."
In the analysis of narratives, empowerment is associated with self-determination, the
person being involved in decision-making fields inherent in their daily life and institutional life.
Empowerment is associated to personal autonomy, advocacy and power. The professional
represents the user in the realization of their rights and transfers power to the person through
access to information and opportunities (goods and services), with the aim of personal
recovery.
To empower the daily life of the assisted person, the social workers consider relevant:
outlining activities jointly with the users; freedom in decision making; giving responsibility to
the person; equality of treatment; the transfer of information on various areas of institutional
operation; and their involvement in the therapeutic process.