O presente estudo insere-se no contexto pós-pandémico; neste contexto, as formas de organização do trabalho têm vindo a sofrer alterações, como é o caso do regime de trabalho híbrido, onde os colaboradores combinam o trabalho presencial no escritório com o trabalho remoto. Considerando o aumento da frequência deste novo regime de trabalho, torna-se essencial investigar a sua relação com o bem-estar dos colaboradores. Com base na teoria da autodeterminação, este estudo teve como objetivo analisar a influência do regime de trabalho (teletrabalho versus híbrido) no bem-estar e satisfação dos colaboradores, e testar o papel mediador das necessidades psicológicas básicas (autonomia, competência e relacionamento) nesta relação. Para atingir este objetivo, foi utilizada uma metodologia quantitativa, através da aplicação de um questionário online a uma amostra de 353 colaboradores em teletrabalho total ou regime híbrido. Os resultados mostraram que o trabalho híbrido relacionava-se positivamente com o bem-estar e a satisfação dos colaboradores por meio da satisfação das necessidades psicológicas básicas, competência e relacionamento, mas não da satisfação da necessidade de autonomia. Para empresas que desejam implementar o regime híbrido de trabalho, os resultados são cruciais, uma vez que, evidenciam aspetos que devem ser considerados nas práticas adotadas, visando o bem-estar e satisfação dos colaboradores.

This study takes place in the post-pandemic context; in this context, forms of work organization have been undergoing changes, such as the hybrid work regime, where employees combine face-to-face work in the office with remote work. Considering the increased frequency of this new work regime, it is essential to investigate its relationship with employee well-being. Based on self-determination theory, this study aimed to analyze the influence of the work regime (teleworking versus hybrid) on employee well-being and satisfaction, and to test the mediating role of basic psychological needs (autonomy, competence and relatedness) in this relationship. To achieve this objective, a quantitative methodology was used, through the application of an online questionnaire to a sample of 301 teleworking or hybrid employees. The results showed that hybrid work was positively related to employee well-being and satisfaction through the satisfaction of basic psychological needs, competence and relatedness, but not the satisfaction of the need for autonomy. For companies wishing to implement hybrid working arrangements, the results are crucial, as they highlight aspects that should be considered in the practices adopted, with a view to employee well-being and satisfaction.