Teses e dissertações

Mestrado
Psicologia Comunitária e Protecção de Menores
Título

Perceções de bem­‐estar em crianças e famílias: Um olhar intra e inter geracional

Autor
Gonçalves, Raquel Alexandra Marques
Resumo
pt
O bem-estar subjetivo tem sido largamente estudado com população adulta e estudos mais recentes têm procurado analisar este conceito com crianças e adolescentes. A pesquisa tem-se socorrido preferencialmente de metodologias quantitativas e são vários os estudos internacionais a este respeito (ex., ISCWeB), que visam influenciar os decisores políticos em matéria de melhorar as condições de vida das populações. Porque o desenvolvimento humano ocorre num processo de constantes interações (Bronfenbrenner & Morris, 1998), o presente estudo visa complementar a pesquisa existente nesta área ao pretender aceder às perceções de bem-estar subjetivo, e mais concretamente, aos significados atribuídos a este conceito, mas numa perspectiva intra e intergeracional. Para tal, foram entrevistados, individualmente, elementos de oito famílias: oito crianças com idades compreendidas entre os oito e os 12 anos, sete pais, e seis avós. Os resultados demostram a existência de padrões geracionais e intergeracionais. Mais concretamente, a família assume uma importância central para as três gerações, sendo percebida como fonte de suporte emocional e instrumental. Para além deste microssistema, a escola, para as crianças, e o trabalho, para as duas gerações de adultos, surge como o segundo contexto mais expressivo. O uso do tempo livre é um domínio comum nas entrevistas às crianças e aos seus pais/mães, e o domínio da saúde emerge na geração dos avós. O bem-estar aparece sobretudo numa perspectiva relacional e afetiva nas três gerações. Este estudo veio contribuir para uma análise mais aprofundada sobre o conceito de bem-estar subjetivo procurando mapear os significados que estão associados a alguns dos seus domínios e para diferentes gerações.
en
The subjective well-being has been widely studied in adults and more recent studies have tried to analyze this concept with children and adolescents. The research has been used preferably quantitative methodologies, and there are several international studies in this regard (ex., ISCWeB), which aim to influence policy-makers to improve the living conditions of the population. Since human development is a process of constant interactions (Bronfenbrenner & Morris, 1998), this study aims to complement the existing research in this area to want to access the perceptions of subjective well-being, and more specifically, the meanings attributed to this concept, in a intra and intergenerational perspective. To this purpose, were interviewed, individually, elements of eight families: eight children aged between eight and 12 years, seven parents, and six grandparents. The results demonstrate the existence of generational and intergenerational patterns. In particular, the family is of central importance for three generations, being perceived as a source of emotional and instrumental support. Apart from this microsystem, the school for children, and work, for two generations of adults, emerges as the second most significant context. The use of free time is a common rule in interviews with children and their parents and the health domain emerges in the generation of grandparents. The well-being appears especially in a relational and affective perspective in three generations. This study has contributed to a deeper analysis of the concept of subjective well-being seeking to map the meanings that are associated with some of their domains and for different generations.

Data

18-dez-2015

Palavras-chave

Crianças
Children
Transmissão geracional
Generational transmission
Bem-estar subjetivo
Subjective well-being
Famílias
Families

Acesso

Acesso livre

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