Título
The impact of the 2008 and 2010 financial crises on international stock markets: Contagion and long memory
Autor
Horta, Paulo Jorge de Brito
Resumo
pt
Nesta tese estudamos os efeitos de contágio financeiro e de memória longa causados pelas crises financeiras de 2008 e 2010 em alguns mercados acionistas internacionais. A tese é composta por três ensaios interligados. No Ensaio 1, recorremos à teoria das cópulas para testar a existência de contágio e revelar os canais “investor induced” de transmissão da crise de 2008 aos mercados da Bélgica, França, Holanda e Portugal (grupo NYSE Euronext). Concluímos que existe contágio nestes mercados, que o canal “portfolio rebalancing” é o mecanismo mais importante de transmissão da crise, e que o fenómeno “flight to quality” está presente nos mercados. No Ensaio 2, usando novamente modelos de cópulas, avaliamos os efeitos de contágio provocados pelo mercado acionista grego nos mercados do grupo NYSE Euronext, no contexto da crise de 2010. Os resultados obtidos sugerem que durante a crise de 2010 apenas o mercado português foi objeto de contágio; além disso, conclui-se que os efeitos de contágio provocados pela crise de 2008 são claramente superiores aos efeitos provocados pela crise de 2010. No Ensaio 3, abordamos o tema da memória longa através do estudo do expoente de Hurst dos mercados acionistas da Bélgica, E.U.A., França, Grécia, Holanda, Japão, Reino Unido e Portugal. Verificamos que as propriedades de memória longa dos mercados foram afetadas pelas crises, especialmente a de 2008 – que aumentou a memória longa dos mercados e tornou-os mais persistentes. Finalmente, usando cópulas mais uma vez, verificamos que as crises provocaram, em geral, um aumento na correlação entre os expoentes de Hurst locais dos mercados foco das crises (E.U.A. e Grécia) e os expoentes de Hurst locais dos outros mercados da amostra, sugerindo que o expoente de Hurst pode ser utilizado para detetar efeitos de contágio financeiro. Em síntese, os resultados desta tese sugerem que comparativamente com períodos de acalmia, os períodos de crises financeiras tendem a provocar ineficiência nos mercados acionistas e a conduzi-los na direção da persistência e do contágio financeiro.
en
In this thesis we study the effects of financial contagion and long memory caused by the 2008 and 2010 financial crises to some international stock markets. The thesis consists of three connected essays. In Essay 1, we use copula models to test for financial contagion and to unveil investor induced channels of financial contagion to the Belgian, French, Dutch and Portuguese stock markets (NYSE Euronext group), in the context of the 2008 crisis. We find that contagion is present in these markets, the "portfolio rebalancing" channel is the most important crisis transmission mechanism, and the "flight to quality" phenomenon is also present in the markets. In Essay 2, using copula models again, we assess contagion effects of the Greek stock market to the markets of the NYSE Euronext group, in the context of the 2010 crisis. Our findings show that, during the 2010 crisis, contagion existed only in the Portuguese market, and that contagion effects of the 2008 crisis were clearly more intense than those caused by the 2010 crisis. In Essay 3, we address the subject of long memory by studying the Hurst exponents of stock markets of Belgium, France, Greece, Japan, the Netherlands, Portugal, UK and US. We find that the long memory properties of the markets were affected by the crises, especially the 2008 crisis – which moved markets towards long memory and persistence. Finally, we use copula models once more to observe that crises caused, in general, an increase in correlation between the local Hurst exponents of the markets of origin of the crises (US and Greece) and the local Hurst exponents of the other markets, suggesting that the Hurst exponent can be used in the assessment of financial contagion. In summary, the results of this thesis suggest that compared to tranquil periods, the crisis periods tend to cause inefficiency in stock markets and to lead the markets towards persistence and financial contagion.