Título
Sociabilidades, laços e redes de vizinhança: "Quintais com Vida"
Autor
Garcia, Maria de Fátima dos Santos Pimenta
Resumo
pt
Nas últimas décadas surgiram várias alterações sociais, com mudanças de comportamento
nas famílias e suas perspetivas de futuro. As alterações demográficas, nomeadamente o
envelhecimento da população, provocou maior atenção, estudo e análise sobre as questões
relacionadas com o envelhecimento. O isolamento, e outras formas de exclusão social vividas
por muitas pessoas idosas, determinam o nível de desenvolvimento de uma sociedade onde
o envelhecimento seja vivido com mais qualidade de vida. Superar ou contornar esta falta de
“laços” significa apostar em tentativas de integração social, fomentando o envelhecimento
ativo para o equilíbrio biopsicossocial destes idosos, retratando-se a agricultura urbana uma
oportunidade de participação social, fuga à solidão e um estímulo aos laços de solidariedade
e sentimentos de pertença social, aproximando gerações. As redes de vizinhança também
podem sair fortalecidas com as práticas de agricultura urbana, pois a vivência quotidiana, por
utilização de espaços comuns, potencia, cria e fortalece vínculos que reforçam o sentimento
de pertença. Ainda que, como atividade de lazer, a agricultura urbana transforma quotidianos,
pois integra e nesse sentido, as hortas urbanas unem pessoas, bairros e a cidade. A chave
para uma boa velhice passa pela manutenção de níveis elevados de atividade, participação
social e manutenção das relações de parentesco e amizade. Esta manutenção das relações
sociais e a prática de atividades produtivas submete para a qualidade de vida, bem-estar
subjetivo e satisfação de viver, sendo a promoção da qualidade de vida dos idosos a ambição
deste projeto.
en
In the last decades several social changes appeared, with changes of behavior in the families
and their perspectives of future. Demographic changes, notably the aging of the population,
have led to increased attention, study and analysis on aging issues. The isolation and other
forms of social exclusion experienced by many elderly people determine the level of
development of a society where aging is lived with a better quality of life. Overcoming or
avoiding this lack of "ties" means betting on attempts at social integration, fostering active
aging for the biopsychosocial balance of these elderly, portraying urban agriculture as an
opportunity for social participation, escape from loneliness and a stimulus to solidarity bonds
and feelings of social belonging, bringing generations closer together. Neighborhood networks
can also be strengthened by urban agriculture practices, because daily living, through the use
of common spaces, creates and strengthens ties that reinforce the sense of belonging.
Although, as a leisure activity, urban agriculture transforms everyday life, since it integrates
and in this sense, the urban gardens unite people, neighborhoods and the city. The key to a
good old age is the maintenance of high levels of activity, social participation and maintenance
of relationships of kinship and friendship. This maintenance of the social relations and the
practice of productive activities submits to the quality of life, subjective well-being and
satisfaction of living, being the promotion of the quality of life of the elderly the ambition of this
project.