Título
Artificial intelligence and human values
Autor
Couto, Daniela Gaspar
Resumo
pt
A inteligência artificial (IA) é cada vez mais utilizada na vida quotidiana, em que onde as
decisões e escolhas eram deixadas à gestão humana, a tecnologia assume agora um papel mais
incisivo nessa questão. Esta temática tem sido motivo para várias opiniões divergentes e
alarmísticas (e.g. Elon Musk e Stephen Hawkings), devido às várias suscetibilidades éticas que o
desenvolvimento da IA abarca.
O presente estudo procura percecionar se os valores humanos influenciam as atitudes que os
indivíduos têm para com a evolução da IA. Esta tecnologia é exposta em vários contextos: no caso
da IA ameaçar cada um dos valores; no caso oposto, de a mesma os beneficiar; na necessidade ou
não da presença de agentes reguladores, e se os mesmos de alguma forma alteravam a sua decisão
inicial.
Com uma amostra de 205 participantes, através de uma metodologia quantitativa
(questionário) e qualitativa (entrevistas semiestruturadas), concluiu-se que a igualdade, a
liberdade, a saúde e a segurança nacional constituem um poder preditivo relativamente às atitudes
que os indivíduos têm face à evolução da IA. Mais especificamente, se a IA ameaçar a igualdade
surgem atitudes desfavoráveis à sua evolução, igualmente, no caso da liberdade as pessoas também
são contra à evolução da IA, mesmo que ela beneficie ou ameace os valores humanos. A saúde se
for beneficiada pela IA, a pessoas tendem a ser a favor da sua evolução, mas sempre com a
presença de agentes reguladores. Por fim, se a IA beneficiar a segurança nacional, surgem atitudes
positivas face à sua evolução, bem como, se a IA ameaçar o mesmo valor as pessoas continuam a
demonstrar atitudes positivas, mas exigem a presença de agentes reguladores.
en
Artificial Intelligence (AI) is increasingly used in daily life. Where once decisions and choices
were left to human management, technology now plays a much more incisive role. This topic has
spawned several diverging and alarming opinions (e.g. Elon Musk and Stephen Hawkings), due to
the various ethical susceptibilities that AI development spans.
The present study attempts to perceive whether human values influence individuals’ attitudes
towards AI evolution. This technology is exposed in several different contexts: in the chance that
AI threatens each one of the values; the opposite case, where AI is beneficial; in the need (or lack
thereof) for the presence of regulatory agents, and whether that changed people's initial decision.
With a sample of 205 participants, and through quantitative methodology (questionnaire), as
well as qualitative (semi-structured interviews), the conclusion is that equality, freedom, health
and national security constitute a predictive power when it comes to the attitudes that individuals
nurture towards AI evolution. More specifically, in the event that AI threatens equality, people
develop unfavourable attitudes towards its evolution. The same happens for freedom, where people
are also against AI evolution, whether it benefits or threatens human values. People tend to be in
favour of AI evolution if it benefits health, but require the presence of regulatory agents. Lastly,
the attitudes towards AI evolution are positive if it benefits national security. People still
demonstrate generally positive attitudes in the event that this value is threatened by AI, but require
the presence of regulatory agents.