Título
Structural credit risk models: analysis of listed companies in Portugal
Autor
Santos, Inês Pereira
Resumo
pt
Tendo em conta a tendência de globalização financeira e as recentes dificuldades
económicas experienciadas, quer por empresas quer por bancos, durante a Grande Crise
Financeira, tem-se verificado, durante a última década, um crescente interesse na
mensuração e gestão do risco de crédito.
Assim, este estudo tem como objetivo investigar a abordagem estrutural de risco de
crédito, iniciada com os estudos de Black and Scholes (1973) e Merton (1974), que trata
os títulos corporativos como reivindicações contingentes sobre os ativos subjacentes de
uma empresa. Ao longo deste estudo são analisados e implementados três modelos
estruturais – o modelo original de Merton (1974) e duas extensões comerciais deste
modelo, o modelo KMV e o modelo CreditGrades – de modo a avaliar as probabilidades
de incumprimento de 8 empresas portuguesas cotadas – a EDP, Galp, Jerónimo Martins,
Sonae, Nos, Cofina, Media Capital e Teixeira Duarte – ao longo dos anos de 2013 até
2017.
Os resultados obtidos sugerem que as probabilidades anuais de incumprimento,
determinadas pelos três modelos estruturais de risco de crédito, são consideravelmente
diferentes, tendo em conta os diversos refinamentos realizados pelos modelos KMV e
CreditGrades, ao modelo original de Merton. Estas duas extensões do modelo de Merton
tentam produzir um resultado mais credível e realista, isto é, que melhor reflita as
dinâmicas do mundo financeiro. De facto, é possível observar que a discrepância de
resultados apresentados pelos 3 modelos aumenta, à medida que a probabilidade de
incumprimento determinada pela abordagem estrutural também aumenta. Para além
disso, de entre os 3 modelos estruturais de risco de crédito abordados neste estudo, o
modelo de CreditGrades é considerado o mais credível, sendo também o que apresenta
maiores probabilidades de incumprimento. Seguindo-se posteriormente, o modelo KMV.
en
Under the trend of financial globalization and considering the significant problems
experienced by companies and banks during the Global Financial Crisis, the interest in
credit risk measurement and management has increased substantially during the last
decade.
This study empirically investigates the structural credit risk approach, initiated with the
seminal studies of Black and Scholes (1973) and Merton (1974), which regard corporate
securities as contingent claims on a firm’s underlying assets. Throughout this study, we
analyse and implement three structural credit risk models – the original Merton model
(1974) and two commercial extensions of this model, the KMV model and the
CreditGrades model – in order to evaluate the default probabilities of 8 listed Portuguese
companies – EDP, Galp, Jerónimo Martins, Sonae, Nos, Cofina, Media Capital and
Teixeira Duarte – during the years 2013 to 2017.
The obtained results suggest that the annual default probabilities determined by the three
structural credit risk models are considerably different, taking into consideration the
several refinements made by the KMV and CreditGrades models to the original Merton
model. These two commercial extensions attempt to produce a more realistic output, that
better reflects real-world default dynamics. In fact, the discrepancy of results produced
by the 3 structural models intensifies, as the default probability determined by the
structural approach, for a given company, also increases. Moreover, among the 3
structural credit risk models considered in this study, CreditGrades is considered the most
reliable model as well as the one that displays the highest default probabilities, followed
by the KMV model.