Título
The role of individual differences in shame-induced behavior: a review of the literature and investigation of the contribution of attachment individual differences in predicting prosocial behavior following shame
Autor
Henriques, Mariana de Ascensão
Resumo
pt
Neste artigo serão revistos os resultados da investigação existente acerca do papel das
diferenças individuais na predição do comportamento em situações de vergonha. A vergonha
surge essencialmente de percepções de ausência de atractividade social aos olhos dos outros e
serve a importante função evolucionária de avisar os indivíduos de que podem ser rejeitados
ou excluídos. Por forma a lidar com a ameaça da rejeição, tem sido defendido que a vergonha
motiva os indivíduos a terem comportamentos socialmente desejáveis que irão proteger ou
melhorar as suas imagens sociais aos olhos dos outros e assim garantir-lhes que são aceites
por eles. No entanto, a investigação durante décadas focou-se nas consequências interpessoais
negativas da vergonha, com vários estudos a demonstrar como esta emoção leva as pessoas a
fugir quando cometem transgressões, tornar-se mais agressivas e hostis e exibir menor
empatia pelos outros. Apenas recentemente têm as consequências interpessoais da vergonha
vindo a ser desvendadas, com alguns estudos a evidenciarem que esta emoção também pode
motivar as pessoas a comportar-se de formas que promovem a sua aceitação social (e.g.
dedicação em domínios de performance, reparações após transgressões, comportamento prosocial).
Porém, a medida em que a vergonha irá promover um tipo de comportamento ou o
outro depende de diferenças individuais que predispõem as pessoas a comportar-se
adaptativamente ou não quando confrontadas com esta emoção. Porque o espaço não permite
a consideração em detalhe de todas as diferenças individuais relevantes para este tópico,
evidência acerca do papel da auto-estima e da vinculação na predição do comportamento em
situações de vergonha será revista em maior detalhe.
en
In this article I will review research on the role of individual differences in predicting shameinduced
behavior. Shame emerges essentially from a perception that one is viewed as
unattractive by others and serves the important evolutionary function of warning individuals
that they may be rejected and excluded by others. To help people deal with the threat of
rejection, shame is postulated to motivate them to engage in socially valued behaviors that
will protect or improve their social images and in this way grant them the acceptance of others
and prevent their loss of group membership. Nevertheless, research has for decades focused
on the negative interpersonal and psychological consequences of shame, with studies showing
how this emotion leads people to hide when commiting transgressions, become more
aggressive and hostile and exhibit dimished empathy for others. Only recently have the
positive behavioral functions of shame begun to be uncovered, with studies showing how this
emotion may also motivate people to behave in ways that promote interpersonal acceptance
(e.g. striving in performance situations, engaging in reparations following wrongdoing and
behaving prosocially towards others). However, the extent to which shame will promote one
type of behavior or another is dependent upon individual differences that predispose people
towards adaptiveness or maladaptiveness in the face of this emotion. Because space does not
allow for a consideration of all such relevant individual differences, I will review evidence of
the role of self-esteem and attachment individual differences in predicting adaptive versus
maladaptive behavior following shame.