Esta tese enquadra-se na temática da relação das práticas de recursos humanos e os resultados organizacionais, nomeadamente respeitante às teorias de gestão de carreiras. O principal objetivo é investigar se a perceção dos trabalhadores das práticas de gestão de recursos humanos é preditiva do seu comprometimento com comportamentos de autogestão de carreira, e se a inteligência emocional dos gestores em termos de regulação de emoções e o engagement no trabalho têm impacto nesta associação. Os dados foram obtidos de uma amostra de 432 trabalhadores portugueses do setor bancário. Foram testadas uma série de hipóteses associadas entre si, utilizando o SPSS macro PROCESS, com uma análise de modelos de mediadores. Os resultados mostram que a perceção das práticas de gestão dos recursos humanos tem um impacto positivo nos comportamentos de autogestão de carreira – e que esse efeito é mediado pela regulação de emoções dos gestores e pelo engagement. Este estudo contribui para o conhecimento sobre as carreiras modernas, pois enaltece o processo através do qual as iniciativas de gestão de carreiras levam aos resultados esperados (através da promoção de atitudes de carreiras de autogestão). São ainda discutidas as implicações para a teoria e para a prática

This Master’s thesis fits into the theme of the relationship between human resources management practices and organizational results, particularly regarding the theories of career management. The primary purpose of this study is to investigate whether employees’ perceptions of human resources management practices are predictive of their commitment to career self-management behaviours, and whether managers’ emotional intelligence concerning the regulation of emotions and work engagement has an impact on this association. Data used in this study was obtained from a sample of 432 Portuguese employees in the banking sector. A series of linked hypotheses were tested using the SPSS macro PROCESS with an examination of the mediation model. The results show that perceived human resources management practices have a positive impact on career self-management behaviours and that this enhancing effect is mediated by managers’ regulation of emotions and work engagement. This study contributes to knowledge on new careers, as it sheds light on the process through which organizational career management initiatives can enhance desirable career outcomes (through fostering self-directed career attitudes). Implications for theory and practice are discussed.