Oradora:
Rosângela Corrêa (Universidade de Brasília)
Resumo
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul; concentra nada menos que 30% da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais; do ponto de vista da diversidade biológica, é reconhecido como a savana mais rica do mundo. Ao longo de 12 mil anos de ocupação humana, uma variedade de meios de vida e estratégias de uso e convivência se apresentaram na relação dos grupos humanos com a diversidade ecológica do Cerrado. Os povos indígenas e comunidades tradicionais do Cerrado (quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros, etc) são a representação atual dessa sociobiodiversidade, como conhecedores e guardiões do patrimônio ecológico e cultural da região. Em torno deste contexto, o seminário propõe uma tentativa de reenquadramento dos seres humanos em seu ambiente, no âmbito dos debates de superação da dicotomia natureza e cultura.
Nota biográfica
Rosângela Corrêa é doutorada em Antropologia Social (2000) pela Universidad Iberoamericana, México, e pós-doutorada na Universidad Autónoma de Barcelona no Institut de Ciència i Tecnologia Ambientals - ICTA (2016) e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa (2016). Atualmente é professora adjunta em Estudos Comparados sobre as Américas (PPG/CEPPAC) da Universidade de Brasília. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: educação ambiental, ecologia humana, sociobiodiversidade do Cerrado, meio ambiente, educação para a paz, relações interétnicas e raciais, direitos humanos, antropologia do trabalho. Foi coordenadora da Área de Educação e Ecologia Humana (2011-2013). Pesquisadora da Linha de Pesquisa 'Educação, Ecologia Humana e Transdisciplinariedade'.