MUNDOS POR VIR: CULTURAS DE EMPATIA E SUSTENTABILIDADE
«The ability to imagine the experience of another – a capacity almost all human beings possess in some form – needs to be greatly enhanced and refined if we are to have any hope of sustaining decent institutions across the many divisions that any modern society contains»
(Martha Nussbaum, Not for Profit: Why Democracy Needs the Humanities, 2010)
Da Filosofia à Primatologia, das Ciências e Tecnologias da Cognição à Economia, a noção de empatia tem vindo a ganhar um espaço e uma abrangência reflexiva que é do maior interesse para qualquer das três grandes áreas científicas e disciplinares constitutivas da ECSH. Figuras tão notáveis como Francisco Varela, Frans de Waal, Jeremy Rifkin ou Martha Nussbaum, entre tantos outros cientistas e académicos, assinalaram nas suas obras a necessidade de criar e desenvolver culturas de empatia. O desafio institucional da Sustentabilidade, por seu turno, favorece não só o florescimento de um ecossistema de ideias capazes de estimular o sentido crítico face aos compromissos imanentes à condição humana na chamada “Era do Antropoceno”, como permite que nos posicionemos perante o imenso desafio das mudanças que atravessam hoje os sistemas de ensino: a averiguação das condições de sustentabilidade dos programas institucionais que, induzidos pelas novas tecnologias e pelas lógicas de rentabilidade dos mercados, acabam por favorecer práticas científico-pedagógicas que apostam, sobretudo, na competição e no individualismo, relegando para planos de invisibilidade todas as perspetivas de transição societal ditadas pela urgência de uma ética capaz de ir ao encontro da presença e do lugar do “outro”. Torna-se imperioso, portanto, um esforço para traduzir em atitudes e políticas públicas a mensagem da primeira-ministra da Nova Zelândia por ocasião da recente tragédia de Christchurch: “Eles, somos nós”. Esta mudança terá de partir, incontornavelmente, das práticas e dos conteúdos pedagógicos através dos quais nos é outorgada a responsabilidade de criar o futuro e os mundos por vir.
A V edição das Jornadas Pedagógicas da Escola de Ciências Sociais e Humanas irá contar com a presença do Investigador e Professor Joaquim António Pinto, no workshop Working@emotions: A Inteligência Emocional Aplicada à Pedagogia, sujeito a inscrição prévia, que terá inicio às 15:00 e mais tarde pelas 18:00 na conferência Os Movimentos Empáticos Dialógicos como Resposta Fundamental ao Apelo Vocativo Humano: uma leitura a partir de Martin Buber.
A entrada da conferência Os Movimentos Empáticos Dialógicos como Resposta Fundamental ao Apelo Vocativo Humano: uma leitura a partir de Martin Buber, é livre mas sujeita à lotação do auditório
O workshop Working@emotions: A Inteligência Emocional Aplicada à Pedagogia, destina-se a todos os professores, investigadores e alunos na Escola de Ciências Sociais e Humanas, é gratuito e sujeito a inscrição prévia,
Joaquim António Pinto UCP-CEFI
Joaquim António Pinto UCP-CEFI