Título
Operadora de autogestão em saúde: o "caso" Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil - CASSI
Autor
Mascarenhas, André Luiz Fernandes
Resumo
pt
A investigação é um estudo de caso com o objetivo de analisar a sustentabilidade financeira da operadora de autogestão CASSI, integrante do mercado de saúde suplementar do Brasil. A princípio, realizamos uma análise dos indicadores econômicos e financeiros apurados e divulgados pelos ANUÁRIOS da ANS, período de 2010 a 2018, com vistas a selecionar aqueles que seriam objeto de comparação. Posteriormente, fizemos análises comparativas destes indicadores entre as firmas de Autogestão que guardavam similaridade com a CASSI (entre as operadoras selecionadas) para obtenção de uma visão mais aproximada da real situação da operadora em estudo. Assim, analisando as cinco hipóteses separadamente: Tíquete Médio (2º maior); Envelhecimento (2º menor); Despesas Administrativas (menor); Inflação Médica (tíquete médio teve reajuste superior aos índices oficiais da ANS); Sinistralidade (despesas superiores as contraprestações). Conclui-se que o déficit da CASSI está, tão somente, ligado a Sinistralidade; especialmente, em relação às internações hospitalares. Este item, em 2018, consumiu 58% das receitas da CASSI; houve redução da quantidade destes eventos em 12,96%; porém, os reajustes dos valores destes serviços (informado de 16%; mas efetivamente 33%) são muito superiores (dobro) da inflação médica (VCMH) de 16%. Paralelamente, existe forte atuação do Patrocinador (Banco do Brasil) para efetuar alterações estatutárias para se desobrigar em relação a sua responsabilidade corporativa de manter o plano de saúde como Benefício Definido (Entidade patrocinadora se compromete a proporcionar benefícios pós-emprego, a um ou mais empregados, após a conclusão do período de emprego). A busca pela sustentabilidade da CASSI deve superar todos os obstáculos.
en
The investigation is a case study aiming to analyze the financial sustainability of the self-management operator CASSI, part of the Brazilian supplementary health market. At first, we performed an analysis of the economic and financial indicators calculated and disclosed by the ANS ANNUALS, from 2010 to 2018, with a view to selecting those that would be subject to comparison. Subsequently, we made comparative analyzes of these indicators among the Self-Management firms that were similarity with CASSI (among the selected carriers) to obtain a closer view of the actual situation of the operator under study. Thus, analyzing the five hypotheses separately: Medium Ticket (2nd highest); Aging (2nd minor); Administrative Expenses (lower); Medical Inflation (average ticket had higher readjustment than ANS official indexes); Loss ratio (expenses higher than consideration). It can be concluded that CASSI's deficit is only related to claims; especially regarding hospital admissions. In 2018, this item consumed 58% of CASSI's revenues; there was a reduction in the amount of these events by 12.96%; however, the readjustments of the values of these services (reported by 16%; but effectively 33%) are much higher (double) than the medical inflation (HCV) of 16%. At the same time, there is strong action by the Sponsor (Banco do Brazil) to make statutory changes to release its corporate responsibility to maintain the health plan as a Defined Benefit (Sponsor commits to provide post-employment benefits to one or more employees upon completion of the period of employment). CASSI's quest for sustainability must overcome all obstacles.