Título
Bem-estar subjetivo em jovens institucionalizados e não institucionalizados: a influência do capital psicológico positivo, da autoestima e do suporte social
Autor
Couceiro, Maria Inês Rodrigues Cardoso
Resumo
pt
A investigação no campo da Psicologia Positiva tem dedicado esforços na identificação de
variáveis psicológicas que facilitam um desenvolvimento humano saudável e potenciam o Bemestar.
Assim, este estudo visa explorar o papel do Capital Psicológico Positivo (otimismo,
resiliência, esperança e autoeficácia), da Autoestima e do Suporte Social como preditores do
Bem-estar Subjetivo em adolescentes e, adicionalmente, comparar se a condição de
institucionalização e não institucionalização dos jovens (em lares de acolhimento) tem impacto
nas variáveis em estudo.
A amostra é constituída por 438 participantes, com idades compreendidas entre os 10 e os
21 anos, dos quais 50% são do sexo masculino. O questionário de autorrelato é composto pelas
escalas: Satisfaction With Life Scale (Diener et al, 1985); Scale of Positive and Negative
Experience (Diener et al, 2010); Psychological Capital Questionnaire (Luthans et al, 2007);
Rosenberg Self-Esteem Scale (Azevedo & Faria, 2004); e Escala de Satisfação com o Suporte
Social (Ribeiro, 1999).
Os resultados evidenciam o contributo do Capital Psicológico Positivo, da Autoestima e do
Suporte Social para a expressão de 57% do Bem-estar Subjetivo dos jovens, bem como, no que
diz respeito à condição de institucionalização, as diferenças significativas ao nível do Bem-estar,
Autoestima, Suporte Social e Autoeficácia dos jovens institucionalizados, que apresentam
resultados inferiores, comparativamente com os não institucionalizados.
Estas conclusões remetem-nos para a pertinência de trabalhar ao nível da promoção dos
fatores com impacto no Bem-estar Subjetivo dos jovens e alertam as instituições de acolhimento
para o facto de acolherem jovens com necessidades específicas.
en
Research in the Positive Psychology area has dedicated efforts on identifying psychological
variables that facilitate human development and enhance the healthy well-being. Thus, this study
aims aims to explore the role of Positive Psychological Capital (optimism, resilience, hope and
self-efficacy) Self Esteem and Social Support as predictors of Subjective Well-being in
adolescents and, additionally, compare if the condition of institutionalization and noninstitutionalization
of young people (in foster care) has an impact on the variables under study.
The sample consisted of 438 participants, aged 10 to 21 years, of which 50% are male. The
self-report questionnaire consists of the following scales: Satisfaction With Life Scale (Diener et
al, 1985); Scale of Positive and Negative Experience (Diener et al, 2010); Psychological Capital
Questionnaire (Luthans et al, 2007); Rosenberg Self-Esteem Scale (Azevedo & Faria, 2004); and
Scale of Satisfaction with Social Support (Ribeiro, 1999).
The results confirm the impact of Psychological Capital, Self Esteem and Social Support in
Well-Being for the expression of 57% of Subjective Well-being of young people, as well as, with
respect to the condition of institutionalization, significant differences in terms of Well-Being, Self
Esteem, Social Support and Self Efficacy of institutionalized young people who have lower
average scores compared with young non-institutionalized.
These findings lead us to the relevance of work in terms of promoting the factors with impact
on Subjective Well-being of young people and alert the institutions of foster care for the fact of
receiving young people with specific needs.