A medida mais adequada para a liquidez das instituições financeiras continua por definir e mantem-se um tema suscetível a diversos estudos e análises, quer por parte das autoridades reguladoras, quer por parte das instituições financeiras quer por parte dos académicos. Esta tese é assim composta por três artigos de investigação sobre a liquidez nos bancos. O primeiro artigo consta do capítulo 2 e tem como objetivo analisar a evolução da estrutura do balanço dos bancos de 2003 a 2015. O intervalo de tempo inclui uma análise global para todo o período da amostra e os subperíodos de pré-crise, crise e pós-crise. O estudo pretende esclarecer sobre a evolução das demonstrações financeiras dos bancos, identificando possíveis quebras estruturais e padrões, juntamente com a revelação de tendências, através do risco de liquidez. Apesar de todos os estudos e análises realizados, este trabalho contribui para a compilação e sistematização de um painel de dados referente a bancos comerciais a nível mundial. Em relação à liquidez de longo prazo constatou-se que apenas 10% dos bancos comerciais analisados cumprem com as recomendações dos reguladores. Constatou-se também sobre o impacto das variáveis de balanço na liquidez. O segundo artigo consta do capítulo 3 e tem por objetivo, para o período de 2003 a 2015, esclarecer sobre os determinantes da liquidez. Os resultados da análise evidenciam que o tamanho do banco, a capitalização, a qualidade do crédito, as fontes de financiamento, a rentabilidade e a eficiência podem ter impacto na gestão do risco de liquidez de longo prazo. Constatou-se também que os bancos capitalizados têm uma melhor liquidez de longo prazo que se traduz em instituições mais estáveis e mais aptas a lidar com cenários de crise sistémica. O terceiro artigo consta do capítulo 4 e tem por objetivo fornecer informação sobre a medição do risco sistémico de liquidez através do “Liquidity Mismatch Index”. O resultado da análise efetua permite avaliar o “Liquidity Mismatch Index” como uma medida alternativa para ser utilizada como indicador de risco sistémico de liquidez.

The most adequate measure for banks liquidity is still to be defined and remains a subject susceptible to various studies and analyzes, by regulatory authorities, financial institutions and academics. This thesis is thus composed of three research articles on bank liquidity. The first article is in chapter 2 and aims to analyze the evolution of bank balance sheet structures from 2003 to 2015. The scope includes a global analysis for the entire sample period and the pre-crisis, crisis and post-crisis periods. The study aims to clarify the evolution of banks' financial statements, identifying possible structural breaks and patterns, together with the revelation of trends, through liquidity risk. Despite all the studies and analyzes carried out, this work contributes to the compilation and systematization of a data panel referring to commercial banks worldwide. Regarding long-term liquidity, it was found that only 10% of the commercial banks analyzed comply with the recommendations of the regulators. It was also noted the impact of balance sheet variables on liquidity. The second article is in Chapter 3 and for the period from 2003 to 2015 aims to identify and analyze the liquidity determinants. The results of the analysis show that the size of the bank, capitalization, credit quality, sources of financing, profitability and efficiency can have an impact on the management of long-term liquidity risk. It was also found that capitalized banks have better long-term liquidity, which translates into more stable institutions and better able to deal with systemic crisis scenarios. The third article is in Chapter 4 and aims to provide information on measuring systemic liquidity risk through the “Liquidity Mismatch Index”. The result of the analysis made it possible to consider the “Liquidity Mismatch Index” as a good approach to be used as a measure of systemic liquidity risk.