A presente Tese Doutoral abarca três ensaios académicos empíricos que analisam a Crise Financeira Global de 2007 – 2008. Estes ensaios analisam questões científicas distintas, mas interligadas entre si, relativamente a este fundamental tópico de investigação. O primeiro ensaio investiga cuidadosamente a hipótese segundo a qual a Crise ‘Subprime’ nos E.U.A. poderia ter sido adequadamente prevista por recurso a dados publicamente disponíveis. Esta hipótese é verificada por recurso a duas metodologias alternativas, devidamente aplicadas a um conjunto de indicadores estritamente financeiros, sendo confirmada a previsibilidade do dito choque financeiro. O segundo ensaio investiga, no seguimento da Crise Financeira Global, o grau de heterogeneidade dos comportamentos de instituições financeiras em quarenta e dois países. Utilizando uma inovadora metodologia – intitulada Heterogeneous Regime-Switching Model (HRSM) –, constata-se que os distintos sistemas financeiros nacionais reagiram de forma diferenciada e heterogénea ao choque financeiro global sob estudo, sendo estas respostas passíveis de serem agrupadas em certas categorias. O terceiro ensaio investiga o impacto económico da Crise Financeira Global sobre a Zona Euro e, em particular, sobre a dinâmica da respectiva dívida soberana. Primeiramente, é elaborado um survey académico actualizado relativamente ao tópico do excessivo endividamento público e respectivo impacto sobre o produto económico, prestando-se particular atenção ao contexto do choque sistémico sob análise. Este survey académico é seguido de uma aplicação empírica envolvendo especificações econométricas quadráticas que atestam que a excessiva acumulação de dívida soberana na Zona Euro está associada a um processo de decrescimento económico da dita Zona, e que níveis óptimos associados a rácios de dívida pública em determinados Estados Membros foram imprudentemente ultrapassados.

The present Doctoral Thesis is comprised of three empirical essays addressing the Global Financial Crisis of 2007 – 2008. The said essays analyse distinct, but interconnected issues pertaining to this fundamental research topic. In the first paper, a careful examination is conducted in order to ascertain whether the ‘Subprime’ Crisis in the U.S.A. might have been duly forecasted using publicly available data. This hypothesis is confirmed by using two distinctive methodologies applied to a set of financial indicators, which independently confirm the predictability of the said financial shock. The second paper addresses the degree of heterogeneity of banking responses in forty two countries in the wake of the Global Financial Crisis. By employing a novel methodology – the Heterogeneous Regime-Switching Model (HRSM) –, representative country banking institutions worldwide are deemed to have had quite distinctive and heterogeneous responses to the onset of the global systemic event under scrutiny, and these responses may be grouped according to certain clusters. The third paper addresses the impact of the Global Financial Crisis upon the Euro Area and corresponding sovereign debt schedules. An updated academic survey is first conducted regarding the topic of the impact of excessive Member States’ sovereign debt in the wake of the systemic breakdown. The survey is followed by an empirical study using quadratic econometric specifications demonstrating that the over-accumulation of sovereign debt in the Euro Area is strongly associated with the diminishment of output growth in the latter Area, and that sound sovereign debt thresholds in key Euro Area Member States have been unwisely breached.