Título
A abordagem colaborativa em contexto das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens
Autor
Antas, Isabel da Conceição Abreu Rebouta
Resumo
pt
Em função da crescente complexidade dos problemas sociais que caracteriza o trabalho desenvolvido nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), uma prática interprofissional e uma liderança colaborativa é cada vez mais necessária na intervenção social, quer ao nível das redes de prevenção quer ao nível da promoção do superior interesse da criança e do jovem aquando da definição do seu projeto de vida. Foi com base nestas premissas que a presente dissertação, eminentemente de carácter quantitativo, pretendeu compreender como se consubstancia e identifica a abordagem colaborativa em contexto de CPCJ a diferentes níveis nomeadamente na estratégia de liderança adotada nas mesmas, bem como ao nível da participação de cada membro, face à sua interprofissionalidade/interdisciplinaridade aquando da tomada de decisão na gestão do problema social complexo que, no caso, são as crianças e jovens em risco e/ou perigo.
O presente estudo de natureza exploratória e quantitativa de âmbito nacional decorreu durante o mês de abril de 2021 junto de todas as CPCJ, através da aplicação de um questionário online junto dos/das ex-comissários/as e comissários/as. O estudo evidenciou a incorporação de práticas colaborativas ao nível da articulação inter e intrainstitucional bem como na visão holística e sistémica da intervenção, acrescida da importância da autonomia dos profissionais face aos seus saberes académicos na tomada de decisão da gestão do problema social complexo, não obstante, a existência de algumas lacunas no que diz respeito à comunicação e articulação entre os diferentes membros que as compõem.
en
According to the increased complexity of social issues that is associated with the work developed in Child and Youth Protection Committees, an inter-professional and collaborative leadership practice is increasingly necessary in social intervention, in prevention networks and in promoting the best interest of children and youth regarding their life project.
Based on these premises that the present dissertation, imminently of a quantitative nature, intended to understand how the collaborative approach is substantiated and identified in Child and Youth Protection Committees on different levels, namely the adopted leadership strategy as well the level of participation of each member, given its interprofessionality/interdisciplinarity when making decisions in managing the complex social problem, which in this case are children and young people at risk and/or in danger.
This nationwide study took place during the month of April 2021 with all the Child and Youth Protection Committees, through an online survey applied to ex- commissioners and current commissioners, evidenced the incorporation of collaborative practices, both at the level of inter- and intra-institutional articulation as well as in the holistic and systemic view of the intervention, with a further importance of the professionals autonomy regarding their academic knowledge in the decision-making of the complex social problem management. Nevertheless, there’s also evidence of some gaps regarding communication and articulation between the different members that compose them.