Título
A influência do suporte social de um/a parceiro/a romântico no ajustamento à dor crónica: O papel mediador da catastrofização da dor
Autor
Ribeiro, Tatiana Filipa Paulo
Resumo
pt
A dor crónica é um problema de saúde que afeta negativamente a sociedade e os indivíduos. Cerca de 19% dos adultos europeus têm dor crónica. Evidências sugerem que as respostas dos/as companheiros/as românticos/as têm influência nos processos de ajustamento à dor crónica, podendo promover ou prejudicar o ajustamento do indivíduo à mesma. Se a maioria dos estudos se foca no papel de respostas de suporte social não adaptativas (ex., solicitude), são menos os estudos que analisam os efeitos de respostas de suporte adaptativas a contextos de dor (ex. promotoras de autonomia funcional). Para colmatar este hiato, este estudo procurou investigar: (1) a relação entre as respostas facilitadoras de comportamentos de bem-estar e promotoras de autonomia funcional e resultados de ajustamento à dor crónica; e (2) o papel mediador da catastrofização face à dor crónica. No presente estudo correlacional participaram 117 indivíduos envolvidos numa relação amorosa com dor crónica (92,3% sexo feminino; M idade = 42,44). Estes preencheram seis instrumentos, nomeadamente (1) ESIAD_DOR; (2) SRI; (3) PCS; (4) EADS-21; (5) BPI e (6) RAS. As respostas de suporte social promotoras de autonomia funcional do/a parceiro/a estão associadas a maior satisfação conjugal e menor grau de interferência da dor na vida da pessoa. As respostas facilitadoras de comportamentos de bem-estar encontram-se positivamente correlacionadas com a satisfação conjugal. Contudo, tais efeitos não são significativamente mediados pela catastrofização da dor. Esta investigação contribui para a compreensão da relação entre as respostas positivas do parceiro/a e o ajustamento à dor crónica.
en
Chronic pain is a health problem that negatively affects society and individuals. About 19% of European adults have chronic pain. Evidence suggests that the responses of romantic partners have an influence on the adjustment processes to chronic pain, and may promote or hinder the individual's adjustment to chronic pain. While most studies focus on the role of non-adaptive social support responses (e.g., solicitude), fewer studies examine the effects of adaptive support responses to pain contexts (e.g., promoting functional autonomy). To bridge this gap, this study sought to investigate: (1) the relationship between responses facilitating well-being behaviors and promoting functional autonomy and adjustment outcomes to chronic pain; and (2) the mediating role of catastrophizing in the face of chronic pain. In the present correlational study, 117 individuals involved in a love relationship with chronic pain participated (92.3% female; M age = 42.44). They completed six instruments, namely (1) ESIAD_DOR; (2) SRI; (3) PCS; (4) EADS-21; (5) BPI and (6) RAS. Social support responses promoting functional autonomy of the partner are associated with greater marital satisfaction and less interference of pain in the person's life. Responses facilitating well-being behaviors are positively correlated with marital satisfaction. However, such effects are not significantly mediated by pain catastrophizing. This research contributes to the understanding of the relationship between positive partner responses and adjustment to chronic pain.