Título
Determinants of bank capital and credit to the economy: do banks not drant credit because they have shortage of capital?: evidence for Portugal
Autor
Ramos, Rita Winkelbach
Resumo
pt
A presente tese tem como objetivo identificar os fatores determinantes nos níveis de risco e
capital dos bancos portugueses. Com base em literatura previa desenvolvida por Shrieves &
Dahl (1992), Rime (2001) e Heid (2004), estimamos um modelo de equações simultâneas
com ajustes parciais para o capital e o risco. As variações do capital e risco são um resultado
do comportamento interno dos bancos e de choques exógenos. Com base nos dados de
painel dos bancos portugueses de 2008 a 2019, analisamos através do estimador de Arelleno Bond e de 3SLS que fatores contribuem para os níveis de capital e risco dos bancos.
Os resultados indicam-nos que a dimensão do banco tem um impacto significativo no
capital e no risco. Também a pressão exercida pelos reguladores tem um impacto positivo,
como era esperado na nos níveis de capital, esta conclusão vai de encontro com a "buffer
theory" que defende que bancos com baixos níveis de capital tendem a aumentá-lo, enquanto
os bancos com uma almofada elevada de capital tendem a mantê-la para evitar entrarem em
incumprimento e sofrer sanções das entidades reguladoras. De 2017 a 2019 é possível
observar um aumento de capital transversal a todos os bancos, isto pode-se dever ao fato de
terem sido implementadas as últimas alterações do Acordo de Basileia III aliado a um clima
económico favorável. Podemos afirmar que os níveis de capital têm um ajusto rápido,
comparando com os níveis de capital do período anterior, algo que não se verifica com o risco.
en
The purpose of the present thesis is to assess the determinants of the Portuguese bank’s
capital ratio and risk level. To do so, and based on previous papers developed by Shrieves &
Dahl (1992), Rime (2001) e Heid (2004), we estimate a simultaneous equations model with
partial adjustments for capital and risk. The observed changes in capital and risk are a product
of discretionary behaviour of the banks and exogenous shocks. By building a panel-data of the
Portuguese banks between 2008 and 2019, we examine though the Arellano Bond estimator
and the 3SLS estimator the factors contributing to the bank’s capital and risk levels.
Our main results indicate that the banks’ size has a significant impact on both capital
and risk level. Moreover, the regulatory pressure has an expected positive impact when
determining the banks’ capital ratio, in-line with the buffer theory meaning banks with a low
buffer tend to raise their capital levels and banks with a higher capital buffer tend to maintain
it to avoid breaching regulation and facing sanctions from regulatory authorizes. From 2017 to
2019 there is a significant increase in capital levels transversal to all banks, that may be related
to the final implementation of Basel III Accord combined with a positive economic climate. We
also are able to say that capital levels adjust very quickly with regard to capital levels from the
previous period, however risk does not.