Teses e dissertações

Mestrado
Finanças
Título

Prudential regulation in an artificial banking system

Autor
Quinaz, Pedro Miguel Mateus Dias
Resumo
pt
O presente trabalho constitui uma análise exploratória do papel económico dos bancos sob diversos enquadramentos prudenciais. A investigação sustenta-se num modelo computacional baseado em agentes (consumidores, empresas, bancos e um banco central) cujas interacções fora-de-equilíbrio replicam as dinâmicas conjuntas de um sistema bancário, um mercado financeiro e a economia real. Uma versão calibrada do modelo oferece um relato inteligível de vários fenómenos económicos recorrentes, constituindo-se assim como uma plataforma privilegiada para a análise de opções regulamentares. O nosso estudo faculta uma contribuição metodológica relevante para o domínio da investigação bancária e lança nova luz sobre o papel dos bancos e do normativo prudencial. Especificamente, os resultados obtidos sugerem que os bancos são agentes económicos fundamentais, facilitando o investimento e promovendo o crescimento através da sua actividade de intermediação financeira. Ao contrário do postulado pelas noções convencionais da regulação microprudencial, as evidências encontradas sugerem que o desempenho macroeconómico melhora em conjunturas onde os bancos revelam perfis mais arriscados, especialmente quando a economia opera em níveis subóptimos. Os mecanismos de resolução provam também ser essenciais para a manutenção de um sistema económico saudável, instigando o encerramento de "zombie-banks" e limitando os prejuízos suportados por depositantes devido a insolvências bancárias. Finalmente, não se encontram evidências que sustentem a implementação de buffers de capital contracíclicos. Estas conclusões, apesar de baseadas numa metodologia cuja natureza exploratória ainda não se adequa ao processo de formulação de políticas prudenciais, devem, contudo, dissuadir os reguladores de elevar requisitos de capital sem a realização de exaustivas análises preemptivas.
en
This study constitutes an exploratory analysis of the economic role of banks under different prudential frameworks. It considers an agent-based computational model populated by consumers, firms, banks and a central bank whose out-of-equilibrium interactions replicate the conjunct dynamics of a banking system, a financial market and the real economy. A calibrated version of the model is shown to provide an intelligible account of several recurrent economic phenomena and is thus privileged ground for policy analysis. Our investigation provides a relevant methodological contribution to the field of banking research and sheds new light into the role of banks and bank prudential regulation. Specifically, our results suggest that banks are key economic agents. Through their financial intermediation activity, credit institutions facilitate investment and promote growth. Contrary to the conventional notions of micro-prudential regulation, macroeconomic performance is shown to improve in settings where banks display riskier profiles, especially when the economy is operating far from optimal levels. Resolution mechanisms are proved to be of the essence for healthy economic systems in so far as they cause the market exit of “zombie-banks” and limit the magnitude of losses borne by depositors due to bank defaults. Finally, no evidence is found to support the implementation of countercyclical capital buffers. These insights, while yielded by a framework whose exploratory nature does not yet befit the policy-making endeavor, should nonetheless deter regulators from imposing capital requirement hikes without a great deal of ex-ante ponderation.

Data

04-abr-2016

Palavras-chave

Intermediação financeira
Regulação bancária
Financial intermediation
Bank regulation
Agent-based computational model
Prudential policy
Modelo computacional baseado em agentes
Política prudencial

Acesso

Acesso restrito. Solicitar cópia ao autor.

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