Título
Followership in an adversarial context: uncovering resistance dynamics
Autor
Almeida, Maria Teresa Silva Féria de
Resumo
pt
O fenómeno de "followership" foi negligenciado devido à premissa de que os "followers" são produto da liderança. Com o tempo, a sua posição na equação mudou e passam a ser vistos como agentes explicativos do processo. Esta tese inscreve-se nesta abordagem, defendendo que a compreensão da natureza do "followership" emerge da análise da resistência/passividade a um líder destrutivo. O primeiro estudo analisa a natureza conceptual de "followership" e propõe uma classificação de tipos de "followers". Este estudo permite compreender a amplitude do comportamento dos "followers", propondo a resistência como expressão de "followership". O segundo estudo analisa o impacto das crenças dos "followers" sobre o seu papel nos processos de resistência a diferentes tipos de líderes destrutivos. Os resultados sugerem que a forma como os "followers" concebem o seu papel é importante na explicação da resistência. O terceiro estudo examina a natureza dos comportamentos de resistência e propõe uma reinterpretação de uma escala existente, em que um dos fatores divide-se em dois. A pertinência da proposta foi testada num modelo que sugere diferenciação nomológica. O último estudo aponta para os novos desafios aos processos de liderança/"followership", em que os "followers" são chamados a interagir com chefias sintéticas (i.e., inteligência artificial). É analisado um processo explicativo de comportamentos de obediência e os resultados sugerem que a teoria processual existente não se aplica. Globalmente, conclui-se que estudar "followership" num contexto adverso amplia o conhecimento sobre a natureza do fenómeno e sugere que os "followers" são agentes protetores nestes contextos adversariais.
en
The phenomenon of followership has been neglected due to the premise that followers are a product of leadership. However, over time, followers’ position in the equation has changed, and they are now conceived as explanatory agents of the process. This thesis falls within this approach, arguing that the understanding of followership’s nature emerges from the analysis of resistance/passivity to a destructive leader. The first study analyzes the conceptual nature of followership and proposes a classification of follower types. This study contributes to expand the range of followers’ behaviors by proposing resistance as an expression of followership. The second study analyzes the impact of followers' role beliefs in resistance processes to different destructive leaders. The results suggest that the way followers conceive their role is important in explaining resistance. The third study examines the nature of resistance behaviors and proposes a reinterpretation of an existing scale, in which one of the factors splits into two. The proposal's relevance was tested in a model that suggests nomological differentiation. The last study points out new challenges to leadership/followership processes, where followers are called upon to interact with synthetic (i.e., artificial intelligence based) supervisors. A process explaining obedience behaviors is analyzed, and the results suggest that extant process theory does not apply. Overall, studying followership in an adversarial context broadens knowledge about the nature of the phenomenon and suggests followers are protective agents in such adversarial settings.