Existe um reconhecimento crescente dos danos que o confinamento tem causado à vida económica e social. A motivação original para o confinamento foi o receio de que o sistema de saúde entrasse em colapso se a doença ficasse fora de controlo. O confinamento de longa data pode ser explicado pelos valores atribuídos à vida (VOL) de potenciais vítimas do COVID-19. Um modelo de Markov incorpora a população suscetível (S) à infecção, população infectada (I) e infecciosa e população removida (R). O último grupo inclui pessoas que morreram da doença. O modelo SIR de propagação da doença, informado pelo curso clínico retrospectivo dos casos positivos da COVID-19 em Portugal, foi desenvolvido para avaliar a relação custo-eficácia do confinamento. Os dados são retirados da plataforma de suporte à tecnologia de informação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (BI SINAVE). Os dados sobre os casos confirmados de infecção por SARS-CoV-2 / COVID-19 dizem respeito ao período de 3 de março de 2020 a 12 de julho de 2022. Os dados sobre probabilidades de transição, custos e utilidades foram recuperados tanto dos dados retrospectivos como da literatura publicada. Este manuscrito também explora que o custo da prevenção da actividade económica através de confinamentos é heterogéneo dentro da população. O risco de mortalidade das pessoas com mais de 65 anos de idade por infecção é substancialmente mais elevado do que o das pessoas com 20-49 anos. As diferenças de mortalidade dentro da população merecem examinar o custo-benefício do confinamento para diferentes grupos etários. Simulamos o modelo Markov para três grupos, jovens (20-49), de meia-idade (50-64) e idosos (65+). O nosso principal resultado neste artigo é que as medidas de distanciamento podem ser significativamente melhoradas com políticas específicas que aplicam bloqueios diferenciais nos vários grupos de risco. No sistema de saúde português e sob hipóteses específicas, de uma perspectiva social, o confinamento proporciona mais QALYs a um custo menor para os idosos do que para a população de meia-idade e jovem.

There is a growing recognition of the damage the lockdown has caused to economic and social life. A Markov model incorporates population susceptible (S) to infection, population infected (I) and contagious, and population removed (R). The removed group includes people who have died from the disease. The SIR model of disease propagation, informed by the retrospective clinical course of COVID-19 positive cases in Portugal was developed to assess the cost effectiveness of the lockdown. The data are taken from the Business Intelligence of the information technology support platform for the National Epidemiological Surveillance System (BI SINAVE). The confirmed cases of SARS-CoV-2 / COVID-19 infection data are between March 3, 2020 until July 12, 2022. The data on transitional probabilities, costs and utilities were retrieved from both the retrospective data and published literature. This manuscript also explores that the cost of preventing economic activity through lockdowns is heterogeneous within the population. The mortality risk for those over 65 years old from infection is substantially higher than those aged 20-49. The differences in mortality within the population merit examining the cost-benefits of lockdown for different age groups. We simulate the Markov model for three groups, young (20- 49), middle-aged (50-64) and old (65+). Our main result in this paper is that distancing measures can be significantly improved with targeted policies that apply differential lockdowns on the various risk groups. In the Portuguese public healthcare system and under specific hypotheses, from a societal perspective, lockdown provides more QALYs at lower cost for old than for both middle-aged and young population.