Título
Expanding Venezuelan's voices in Colombia: A case study with female leaders
Autor
Silva, Carolina
Resumo
pt
Este estudo revela algumas experiências migratórias de mulheres venezuelanas e os fatores estruturais
sociais que influenciaram a que estas se tornassem líderes nas suas comunidades recetoras, na
Colômbia, analisando como as suas vozes ressoam nos processos de integração.
Mais do que vítimas dos seus contextos, as mulheres migrantes são agentes-chave de mudança e
importantes contribuintes do desenvolvimento humano. Neste sentido, o reconhecimento dos seus
direitos deveria ser uma das prioridades das políticas migratórias, ao invés de reforçarem relações de
género desiguais, que poderão colocá-las ainda mais em risco. É fundamental considerar a agência das
mulheres nas abordagens de género da literatura sobre migração e na agenda do desenvolvimento. A
falta de representatividade das vozes e das experiências de liderança das mulheres migrantes
venezuelanas, agravada pelas formas como a interseccionalidade influencia as suas experiências,
contribui para que haja uma sub-representação das mesmas em diversas esferas. Para colmatar esta
lacuna, examinou-se a viagem das mulheres venezuelanas desde a sua experiência migratória até se
estabelecerem na Colômbia e se tornarem vozes nas suas comunidades de acolhimento, a partir das
suas narrativas. Os resultados revelaram como as mulheres lidam com as suas histórias complexas e
se convertem em líderes sociais, ultrapassando barreiras diárias e lutando para ajudar as suas
comunidades, e forneceram provas de conquistas que as suas vozes alcançaram. Como contribuição
final pretende-se identificar lições aprendidas com a participação de mulheres venezuelanas em papéis
de liderança social na Colômbia, identificando os pontos centrais em reflexões futuras nos estudos de
género e das migrações.
en
This study foregrounds Venezuelan women’s migratory experiences and the social structural factors
which influenced the becoming lideresas in their settlement communities in Colombia, and how their
voices resound in integration processes. More than victims of their contexts, migrant women are key
agents of change and are relevant contributors to human development. In this sense, recognizing their
rights should be the priority in international migration policies, rather than reinforcing unequal
gendered power relations, which will put them even more at risk. It is key not to lose sight of women’s
agency when addressing gender in migration literature and in the development agenda. The lack of
theoretical frameworks representing the voices and leadership experiences of Venezuelan migrant
women, compounded by the various ways intersectionality changes the experience, contributes to its
underrepresentation in several spheres. To address this gap, I examined Venezuelan women’s journey
from their migratory experience to settling in Colombia and becoming voices for their communities in
the host country, from their narratives. Eight Venezuelan and three Colombian social leaders were
interviewed, and data were analysed through thematic analysis. Findings showed how women deal
with their complex histories and become social leaders, overcoming daily barriers, and struggling to
help their communities, and provided evidence of some achievements their voices have accomplished.
The lessons learned from the participation of female Venezuelans in social leadership roles in
Colombia, and key observations might generate fruitful insights for migration and gender studies.