Título
The impact of playgroups for children and families: The role of dosage, quality and long-term effects
Autor
Cerruti, Vanessa Sofia Ferreira de Carvalho Chamorro Russo
Resumo
pt
Os “playgroups” são encontros para as crianças pequenas e os seus cuidadores interagirem e brincarem. A evidência mostra que os “playgroups” têm efeitos sociais e cognitivos para os participantes. Porém, a fraca qualidade dos estudos anteriores limita a validade interna e externa dos efeitos e, até agora, nenhum examinou os efeitos de longo prazo dos “playgroups”. O objetivo desta tese foi estender o ensaio experimental do programa de “playgroups” em Portugal, testando os efeitos da dosagem e da qualidade no ambiente familiar e nas práticas de cuidado, e no desenvolvimento cognitivo, temperamento e comportamento das crianças. Também visamos monitorizar os impactos a longo prazo dos “playgroups” nas mesmas variáveis. Conduzimos três estudos: primeiro, testamos a associação experimental entre a dosagem do “playgroup” e os efeitos para as famílias e crianças usando a Análise de Subgrupos Endógenos Previstos Simetricamente; segundo, desenvolvemos e validamos a primeira medida de qualidade dos “playgroups”, a “Playgroup Environment Rating Scale”; terceiro, examinamos os efeitos a longo prazo dos “playgroups”. Os resultados sugeriram que uma maior qualidade de aprendizagem pela brincadeira está positivamente associada a níveis mais altos de linguagem infantil. Descobrimos que os “playgroups” são benéficos para as crianças e que os seus efeitos ainda são significativos a longo prazo. Os impactos são principalmente na linguagem das crianças, naquelas que têm uma dosagem superior. As crianças de meios desfavorecidos, apesar de frequentarem menos do que as mais privilegiadas, foram as que mais beneficiaram. Esta investigação forneceu contribuições teóricas e metodológicas e informou políticas públicas e práticas.
en
Playgroups are gatherings for young children and their caregivers to engage in social and play-based activities. Evidence shows that playgroups promote social and cognitive outcomes for families and children. However, weaknesses in the design of previous research limit the internal and external validity of findings and, to date, no studies have been conducted examining long-term effects of playgroups. The aim of this thesis was to extend the experimental trial of an innovative playgroup program in Portugal by testing the effects of dosage and quality on home environment and caregiving practices, and on children’s cognitive development, temperament and behavior. We also aimed to monitor long-term impacts of playgroups on these outcomes. We conducted three studies: first, we tested the experimental association between playgroup dosage and the outcomes for families and children using the Analysis of Symmetrically Predicted Endogenous Subgroups; second, we developed and validated the first-ever measure of playgroup quality, the Playgroup Environment Rating Scale; third, we examined the long-term effects of playgroups on outcomes. Findings suggested that higher play-based quality was positively associated with higher levels of children’s language. We also found that playgroups are beneficial for children, and that their effects are still significant in the long term. The impacts are primarily on children’s language, especially for those who have a higher dosage of playgroups attendance. Finally, children from disadvantaged backgrounds, despite attending playgroups less often than more privileged ones, benefitted the most. This research provided theoretical and methodological contributions and informed public policies and practices.