Título
A pessoa com Diabetes Mellitus tipo 2: O controlo, a adesão à terapêutica e os eventos adversos associados à terapêutica não insulínica
Autor
Jorge, Susana Cristina Teixeira
Resumo
pt
Este estudo teve como principal objetivo “avaliar o impacto dos eventos adversos relacionados com a terapêutica não insulínica no controlo glicémico e na adesão à terapêutica em pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2” (DM2).
Foram analisadas variáveis sociodemográficas, a prevalência de eventos adversos nas diferentes classes de antidiabéticos orais e terapêuticas não insulínicas injetáveis, bem como o nível de adesão à terapêutica1e o distress2 emocional.
A análise revelou uma correlação negativa e estatisticamente significativa entre a adesão à terapêutica e a ocorrência de eventos adversos, sugerindo que uma maior adesão está associada a uma menor frequência de efeitos adversos.
Embora não tenha sido encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre os eventos adversos e o controlo glicémico, observou-se uma associação moderada entre o distress emocional e os eventos adversos, demonstrando que pessoas com maior distress emocional tendem a experienciar mais eventos adversos.
Estes resultados sublinham a importância de desenvolver estratégias que promovam a melhoria da adesão ao tratamento e o suporte emocional para minimizar os eventos adversos e melhorar os resultados clínicos da pessoa com DM2.
en
The main objective of this study was to evaluate the impact of adverse events related to non-insulin therapy on glycemic control and treatment adherence in people with Type 2 Diabetes Mellitus (T2DM). Sociodemographic variables, the prevalence of adverse events across different classes of oral antidiabetics and non-insulin injectable therapies, as well as the level of treatment adherence and emotional distress, were analyzed. The analysis revealed a negative and statistically significant correlation between treatment adherence and the occurrence of adverse events, suggesting that higher adherence is associated with a lower frequency of adverse effects. Although no statistically significant correlation was found between adverse events and glycemic control, a moderate association was observed between emotional distress and adverse events, indicating that people with higher emotional distress tend to experience more adverse events. These results underscore the importance of developing strategies to promote improved treatment adherence and emotional support to minimize adverse events and enhance clinical outcomes in people with T2DM."