Título
Desenvolvimento da autonomia sustentada de jovens provenientes de acolhimento institucional: projecto para o desenvolvimento de competências emocionais e operacionais para a independência
Autor
Vicente, Bruno
Resumo
pt
Este trabalho assume-se como uma proposta de projecto de intervenção comunitária para a promoção da autonomia de jovens em processo de desinstitucionalização. Procura dar resposta a um problema com que as instituições de acolhimento se deparam neste momento uma vez que, com a Lei de Promoção e Protecção 147/99, o limite de intervenção institucional cessa aos 21 anos de idade. Na maioria dos casos, os jovens desta idade não apresentam um conjunto de competências necessárias para um bom prognóstico no processo de integração social, sendo comum integrarem projectos de autonomia para os quais não estão estruturalmente preparados. Assim, foi efectuada uma avaliação das necessidades junto dos actores sociais de duas entidades ligadas ao acolhimento de jovens. Essa avaliação incluiu técnicos especialistas em programas de autonomia das duas instituições, bem como jovens que se encontravam em situação de autonomia ou eram candidatos a iniciar este processo. No contexto desta avaliação, a nossa proposta procurou-se enquadrar modelos pedagógicos cujos fundamentos incidissem sobre a formação sócio-moral para, através de um Curso de Educação Formação (CEF), desenvolver de forma progressiva e sustentada a autonomia operativa e emocional dos jovens no sentido da independência.
en
The present paper constitutes a proposal of a Project in community intervention directed at the promotion of autonomy of adolescents who are in the processo of leaving na institution, after long-term institutionalization. It aims to provide an answer to a problem that residential care units face nowadays given that, though the Law 147/99, the age limit for residential care is 21 years old. In most cases, long-term institutionalized youth at that age does not have sufficient competencies for a good prognosis in the process of social integration, and are oftentimes placed in autonomy paths for which they are not structurally prepared. Thus, we conducted the assessment of the needs of the participants in two organizations related to residential care of youth. This assessment involved both professionals that are experts in autonomy promotion in theses organization, and adolescents who are either living autonomously or are candidates to starting the autonomization process from institutions. Given this assessment, our proposal sought to use pedagogical models based on social and moral development in order to, via a Training Program, develop instrumental and emotional autonomy in a progressive and sustained manner toward independence.