Teses e dissertações

Mestrado
Gestão de Arte e Património Cultural em Mercados Globais
Título

Arte e crime em Portugal na actualidade (2000 – 2012): pintura – passar por original

Autor
Alves, Ana Cristina Martins Vieira
Resumo
pt
Os crimes relacionados com os bens culturais representam na primeira década do século XXI o quarto lugar na criminalidade internacional (antecedido apenas pelos crimes de tráfico de droga, armas e lavagem de dinheiro) – calcula-se que este mercado paralelo movimente todos os anos cerca de 1,5 biliões de Euros. Portugal encontra-se hoje entre duas dinâmicas no que respeita a este “Mercado Paralelo”: como mercado final para a aquisição de obras; mas igualmente como uma plataforma de escoamento de obras para outros países. No período que se compreende entre 2008 a 2012 os crimes de falsificação ou contrafacção de documentos (certificado de autenticidade de obras de arte), fraude sobre mercadoria (obras fraudulentas) e burla incidiram preferencialmente sob os autores com maior cotação no mercado nacional. Artistas maioritariamente já falecidos do século XIX e XX, casos de Malangatana (F. 2011), Júlio Resende (F. 2011), Mario Cesariny (F. 2006), António Palolo (F. 2000), Artur Bual (F. 1999), Joaquim Rodrigo (F. 1997), Vieira da Silva (F. 1992), Arpad Szenes (F. 1985), José Malhoa (F. 1933), Columbano (F. 1929), Aurelia Sousa (F. 1922) e Manuel Cargaleiro (artista vivo). Nos autores internacionais o foco incide em Chagall (F. 1985), Miró (F. 1983), Picasso (F. 1973), Matisse (F. 1954), Kandinsky (F. 1944), Monet (F. 1926) e Modigliani (F. 1920). Este estudo incide sobre duas vertentes da falsificação da obra de arte. A primeira atenta à cópia e duplicação de uma obra existente e conhecida; a segunda vertente incide sobre a duplicação do estilo e da técnica (pastiche), onde pelo contrário não recria algo existente mas introduz no circuito comercial obras fraudulentas “originais”. A dúvida persiste, como passar por original?
en
Crimes related to cultural goods represent in the first decade of this century the fourth place in international crime (preceded only by the crimes of drug and arms trafficking and money laundering). This parallel market generates about 1, 5 billion Euros yearly. Portugal is now between two dynamics with regard to this "Parallel Market": as the end market for the purchase of the work of art, but also as a platform for the disposal of works to other countries. In the period between the year 2008 to 2012 the offenses of forgery or counterfeiting of documents (certificate of authenticity of works of art), fraud on goods (works fraud) and fraud focused mainly on the authors with highest price in the domestic market. Mostly deceased artists of the nineteenth and twentieth, for exemple, Malangatana (D. 2011), Júlio Resende (D. 2011), Mario Cesariny (D. 2006), António Palolo (D. 2000), Artur Bual (D. 1999), Joaquin Rodrigo (D. 1997), Vieira da Silva (D. 1992), Arpad Szenes (D. 1985), José Malhoa (D. 1933), Columbano (D. 1929), Aurelia Sousa (D. 1922) and Manuel Cargaleiro (live artist). In international authors focus concerns Chagall (D. 1985), Miro (D. 1983), Picasso (D. 1973), Matisse (D. 1954), Kandisky (D. 1944), Monet (D. 1926) and Modigliani (D. 1920). This study address two strands of fake artwork. The first alert to copying and duplication of an existing and known works, the second aims to double style and technique (pastiche), where the contrary, does not recreate something that exists in the supply chain but introduces works as “fraudulent originals" The question remains, how to pass for an original?

Data

12-mar-2014

Palavras-chave

Portugal
Art market
Mercado de arte
Investigação criminal
Peritagem de arte
Criminal investigation
Art expertise
Arte -- Art
Crime -- Crime

Acesso

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