Título
Análise às principais forças macroeconómicas que actuam sobre o PIB: abordagem através de modelos VAR
Autor
Matela, Pedro Conde
Resumo
pt
Na presente investigação, fazendo recurso à metodologia VAR, examinamos
quais são as “principais forças macroeconómicas” que condicionam a evolução da
actividade económica em Portugal e na Zona Euro. Para proceder à referida
averiguação, seleccionámos um conjunto de variáveis que contempla não só aspectos
utilizados com alguma frequência neste tipo de análise empírica, como as trocas e a
finança mas também dimensões de carácter mais inovador como o investimento directo
estrageiro, o financiamento interbancário, o sentimento económico e os mercados
bolsistas. A nossa análise baseou-se essencialmente na informação obtida através do
teste de causalidade à Granger e do estudo das funções impulso resposta e da
decomposição da variância.
Aferimos, como seria expectável, que em ambos os espaços económicos o PIB
exibe uma inércia expressiva, sendo esta mais evidente e duradoura em Portugal. No
mesmo sentido, a Despesa Pública e o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor
exercem igualmente um ascendente significativo sobre a performance das duas
economias.
Para a Zona Euro também conseguimos apurar que a Taxa de Refinanciamento
do BCE e o Índice de Commodities se constituem como duas dimensões de relevo,
apesar da última exibir maior expressividade apenas no curto prazo. Para o caso
português, salientamos a preponderância da Taxa de Juro Euribor a 3 Meses, do
Contributo Nacional para o Agregado Monetário M3 e, em menor proporção, do
Investimento Directo Estrangeiro.
Face ao exposto, constatamos que só na economia nacional as variáveis de
natureza mais inovadora assumem alguma importância.
en
This dissertation, through the estimation of VAR models, examines which are
the “main macroeconomic forces” which constraint the evolution of the economic
activity in Portugal and in the Euro Zone. To address this issue we’ve assembled a
group of variables ranging aspects that are frequently used in this kind of studies, like
trade and finance, to dimensions with a more innovative nature such as Foreign Direct
Investment, interbank financing, economic sentiment or stock markets. Our analysis
relayed mainly on the information obtained from the Granger causality test and from the
study of the impulse response functions and the variance decomposition.
We’ve acknowledged, as expected, that in both economies the GDP shows a
significant inertia, which is more evident and longer lasting in Portugal. In the same
way, Government Consumption and Harmonized Consumer Price Index also have some
ascendancy over the performance of both economies.
As far as the Euro Zone is concerned we’ve recognized that ECB Refinancing
Rate, as well as the Commodities Index, also constitute two relevant dimensions, even
though the last one has a bigger role in the short run. On the other hand, by addressing
the Portuguese reality, we realize that the 3 Month Euribor Interest Rate, the National
Contribution to the M3 Money Aggregate and, in shorter proportion, the Foreign Direct
Investment all have a significant weight over the GDP.
Taking into account what was said before, we conclude that only in the case of
the Portuguese economy those innovative factors assume some importance.