Título
Language prejudice in an organizational context in Portugal: the effect of brazilian and british accents on perceived work-related, individual and group-related characteristics
Autor
Silveira, Paulo Ricardo Ormonde
Resumo
pt
O século 21 é uma era de migração e globalização, o que significa que a comunicação com
indivíduos que não falam a língua local ou a falam com sotaque, no espaço de trabalho, está a
aumentar. O objetivo desta tese é examinar se os Portugueses são preconceituosos, em termos
linguísticos, em relação a sotaques estrangeiros. Primeiro foi realizado um pré-teste que
confirmou que os Britânicos e os Brasileiros são percecionados como muito diferentes dos
Portugueses e entre si próprios, em dimensões de estereótipos (e.g., competência). De seguida
foi conduzida uma experiência online com 137 participantes Portugueses. Este estudo incluiu
um caso hipotético com um desenho entre sujeitos que examinou o efeito do sotaque de um
colega de trabalho (Portuguese vs Britânico vs Brasileiro) em variáveis do contexto de
trabalho (in-role behaviours, potencial para promoção e aprovação de escolhas),
características individuais percecionadas (competência, warmth e moralidade) e
características grupais percecionadas (estatuto e competição) controlando com variáveis
relevantes (e.g., qualidade de contacto com estrangeiros). Foram obtidos poucos resultados
significativos do efeito do sotaque nas variáveis do contexto de trabalho e características
individuais, contudo os resultados mostraram alguns resultados significativos nas
características grupais. O grupo do individuo com sotaque brasileiro foi percecionado como
tendo menos estatuto do que os grupos dos indivíduos com sotaque português e britânico e
percecionado como sendo menos competição do que o grupo do individuo com sotaque
britânico, controlando com a variável qualidade de contacto com estrangeiros. Estes
resultados são discutidos em contexto de relações intergrupais e preconceito linguístico.
en
The 21st century is an era of globalization and migration, which means that workplace
communication with people who do not speak the local language or speak it with an accent is
also increasing. The aim of this thesis is to examine whether the Portuguese are languageprejudiced in regard to foreign accents. For this purpose, a pre-test first confirmed that the
British and Brazilians are perceived to be very different from the Portuguese, and also very
different from each other, along several stereotypical dimensions (e.g., competence). In the
next step, an online experiment was conducted with 137 Portuguese participants. This study
included a hypothetical scenario with a between-subjects design and examined the effect of a
co-worker‟s accent (Portuguese vs British vs Brazilian) on work-related variables (in-role
behaviours, potential for promotion and approval of choices), perceived individual
characteristics (competence, warmth and morality) and perceived group-related characteristics
(status and level of competition) controlling for other relevant variables (e.g., quality of
contact with foreigners). The results showed few significant effects of accent on work-related
variables or perceived individual characteristics, but they did show some significant results in
terms of group-related characteristics. The Brazilian-accented speaker‟s group was perceived
to have a lower status than both the Portuguese and British accented speakers‟ groups‟ and
was perceived to be less competitive than the British-accented speaker‟s group, while
controlling for quality of contact with foreigners in the participants´ daily life. These findings
are discussed in the context of intergroup relations and language prejudice.