Título
Jazz em Portugal no Estado Novo: uma resistência cultural e política? O Clube Universitário de Jazz: heterodoxia, equidade, cosmopolitismo e alteridade
Autor
Estanislau, Paulo Emanuel Leote
Resumo
pt
Esta dissertação de mestrado, Jazz em Portugal no Estado Novo: Uma resistência cultural e política?
O Clube Universitário de Jazz: heterodoxia, equidade, cosmopolitismo e alteridade, visa responder à
questão colocada no título do trabalho. O jazz é na sua matriz um género musical que pressupõe
liberdade de execução. O Estado Novo foi um regime político que amputou os direitos cívicos e
políticos básicos dos portugueses durante mais de 40 anos. É na confrontação entre estas duas
realidades opostas que reside este trabalho. A intenção é reflectir se houve atritos entre amantes e
públicos de jazz com uma realidade que restringia um pensamento fora dos cânones culturais que o
regime defendia e propagava. O Estado Novo assentava num ideal cultural nacionalista e conservador.
O jazz, pelo contrário, é uma música que resulta de várias contribuições. A dissonância entre estas
duas realidades alguma vez criou fricção ao ponto de ser uma forma de confrontação entre os dois
lados? Em Portugal o jazz foi também uma arma de resistência ao regime autoritário do Estado novo?
É no cruzamento destas duas realidades, opostas e contrastantes, abordando factores históricos, sociais
e políticos que se desenvolve este trabalho.
en
This master's thesis: Jazz in Portugal in Estado Novo: A resistance cultural and policy? The Clube
Universitário de Jazz: heterodoxy, equity, cosmopolitanism and otherness, aims to answer the
question posed in the title of the work. Jazz is in its origin a musical genre that presupposes freedom of
execution. The Estado Novo was a political regime that amputated the basic civil and political rights
of Portuguese for more 40 years. It is in the confrontation between these two opposing realities that
lays this work. The intention is to reflect if there was friction between jazz lovers and audiences with a
reality that restricted thought outside the cultural canons that the regime defended and propagated. The
Estado Novo was based on a nationalist and conservative cultural ideal. Jazz, on the contrary, is a
music that results from various contributions. The mismatch between these two realities ever created
friction as to be a form of confrontation between the two sides? In Portugal jazz was also a way to
resist the authoritarian regime of Estado Novo? It is at the intersection of these two opposing and
contrasting realities, addressing historical, social and political factors, that this work is developed.