Título
Endogenous preferences: how credit affects households’ financial assets
Autor
Farinha, Rui Alexandre Creado da Silva
Resumo
pt
Preferências endógenas são uma maneira de corrigir um dos problemas criado pelo conceito de racionalidade utilizado pelos economistas neoliberais. As preferências serem endógenas significa que, entre outras, as instituições afetam a sua definição. Uma das instituições é o mercado de crédito. Esta dissertação analisa como o mercado de crédito afeta os ativos financeiros das famílias em Portugal, uma vez que num mundo de crescente financeirização, corrigir as falhas da racionalidade nesta área deve ser uma prioridade. Desde Keynes que foram reconhecidos motivos para possuir ou não dinheiro, e como o aplicar, incorporados na preferência pela liquidez, e que pode ser hoje justificado através da economia comportamental. Com a utilização de efeitos de enquadramento e de isolamento, contabilidade mental e aversão à perda, espera-se que as famílias levem em conta os efeitos que o crédito tem na sua preferência pela liquidez e reorganizem a carteira de investimentos. Usando um modelo econométrico, as conclusões obtidas estão em concordância com a teoria, com as famílias a preferirem ativos de maior liquidez quando não conseguem obter crédito, de forma a obterem moeda mais depressa, e o uso de crédito ao consumo como uma variável explicatória produz melhores resultados que um modelo sem essa variável.
en
Endogenous preferences are a way of correcting one of the problems created by the concept of rationality used by Neoliberal economists. Preferences being endogenous mean that, among others, Institutions affect their outcome. One of the Institutions is the credit market. This dissertation analyses how credit market affects households ‘ financial assets in Portugal, since in a world of increasing financialization, correcting the failures of rationality in this area should be a priority. Since Keynes have been recognized reasons for holding money or not, and how to apply it, incorporated in liquidity preference, and which can be justified today at the light of behavioural economics. With the use of framing and isolation effects, mental accounting and loss aversion, households are expected to take into account the effects that credit has in their liquidity preference and rearrange their portfolio. Using an econometric model, the conclusions are in accordance with the theory, with households preferring assets of higher liquidity when they can't obtain consumption credit, so that they can obtain currency faster, and the use of consumption credit as an explanatory variable produces better results than models without it.