Título
Determinantes da implicação organizacional afectiva no contexto português: Estudo de caso num Banco Nacional
Autor
Gonçalves, Telma Sofia Guerreiro
Resumo
pt
A vinculação psicológica de um indivíduo à organização pode ser conceptualizada enquanto a ponte que os une implicando factores como a legitimação da hierarquia, relações de dependência e confiança, reciprocidade de normas, questões de obrigação e questões de identidade. A Psicologia Social e das Organizações tem contribuído para a compreensão deste construto, testando nos diferentes níveis de análise, a abrangência do conceito, os seus antecedentes e consequentes assim como averiguando quais as diferenças existentes mediante a cultura de cada país. O papel deste estudo passa por analisar a percepção dos indivíduos face a um conjunto de temáticas associadas às condições e características do trabalho, às práticas de gestão de recursos humanos e características individuais, verificando em que medida estão relacionadas com a implicação que estes indivíduos desenvolvem com a organização em que trabalham, determinando por sua vez a sua intenção de saída. Desta forma, o modelo proposto procura salientar a importância que a implicação organizacional afectiva tem na opção de sair na organização, por iniciativa do colaborador, no contexto específico que é o sector bancário português. Os resultados apontam para uma forte relação positiva entre os níveis de autonomia, a diversidade de tarefas realizadas e a progressão na carreira no grau de implicação organizacional afectiva desenvolvido. A progressão da carreira determina em parte os níveis de implicação organizacional afectiva encontrados e esta influencia a intenção comportamental de sair da organização. Assim, quanto maior a implicação organizacional afectiva, menor a intenção comportamental de sair da Instituição. Por outro lado, a implicação organizacional afectiva desempenha ainda a função de mediadora entre a progressão na carreira e a intenção comportamental de saída.
en
The psychological bond of an individual to an organization can be conceptualized as the bridge that unites those considering factors such as the legitimization of the hierarchy, relations of dependency and trust, reciprocity norms, issues of obligation and identity issues. The Social Psychology of Organizations has contributed to an understanding of this construct by testing at different levels of analysis, the scope of the concept, its antecedents and consequents as well as looking into what the differences between the different cultures of each country. The role of this study is to analyze the perceptions of individuals against a set of issues associated with the conditions and characteristics of the work, practices of human resource management and individual characteristics, determining to what extent are related to the implication that these individuals develop with organization where they work, in turn determining their intention to leave. Thus the proposed model seeks to highlight the importance that affective organizational commitment has in the choice of leaving the organization, initiated by the employee in the specific context of the Portuguese banking sector. The results indicate a strong positive relationship between levels of autonomy, diversity of tasks performed and career in the amount of organizational affective commitment developed. Since the career advancement partly determines the levels of affective organizational commitment found which, in turn, influences the behavioral intention to leave the organization, the higher the affective organizational commitment, the lower the behavioral intention to leave the Institution. Furthermore, the implication affective organizational still plays the role of mediator between the career and behavioral intention of leaving.