Título
A transaction cost approach to the choice of oversight governance structures at the United Nations: The case of the inquiry committee into the oil-for-food programme scandal
Autor
Veiga, Maria do Rosário
Resumo
pt
Um escândalo de fraude e corrupção na gestão do Oil-for-Food Programme para o Iraque eclodiu em 2004 nas Nações Unidas. O Secretário-Geral Annan terminou a investigação em curso dos Serviços de Supervisão e Inspeção Interna que atua com poderes delegados pela Assembleia Geral e, com o aval do Conselho de Segurança, contratou uma comissão de inquérito independente para investigar. Insuficiência de estudos sobre os contextos em que a auditoria interna funciona (Lee, 2004), agravada pelas lacunas encontradas na literatura sobre o impacto de comportamentos patológicos em organizações internacionais (Barnett e Finnemore, 1999) justificam a pesquisa. Um método investigação de estudo de caso longitudinal suportado por uma análise de narrativa histórica, aplicando pela primeira vez a teoria Económica do Custo de Transação de Williamson (1999) para explorar os atributos da “probidade” e da “independência” das transações, é desenvolvido para responder às perguntas: O inquérito resultou? Verificou-se a hipótese de alinhamento discriminante da teoria Económica do Custo de Transação no caso da contratação do inquérito externo? A investigação, com elementos das transações de auditoria e das judiciais, faltando-lhe, todavia, a autoridade soberana e a independência dos atributos judiciários, não resultou nem a hipótese de alinhamento da teoria Económica do Custo de Transação se verificou porque os riscos de probidade – ética – não podem ser mitigados através de incentivos de estruturas de governação. Defendo que a Economia dos Custos de Transação deve ser modificada para incluir a dimensão comportamental da ética das virtudes de McCloskey como um instrumento de redução de custos de transação e um quadro referencial explicativo para falhas de ética em organizações burocráticas.
en
A scandal of fraud and corruption in the management of the Oil-for-Food Programme for Iraq unfolded in early 2004 at the United Nations. The Secretary-General Annan, terminated the ongoing investigation of the scandal by the extant Office of Internal Oversight empowered by the General Assembly, and, with the endorsement of the Security Council, contracted out an Inquiry Committee to investigate the administration and management of the Programme. The lack of reasonable number of studies about internal audit in its natural settings (Lee, 2004), aggravated by the gaps found in the literature about the impact of pathological behavior in international organizations (Barnett and Finnemore, 1999), stress the research opportunity. A longitudinal historical narrative analytical case based research applying first time Williamson’s (1999) Transaction Cost Economics theory to explore “probity” and “independence” transactions’ attributes enhanced with the “virtues ethics” McCloskey’s (2006) framework, is developed to respond to the questions i) Has the inquiry worked? ii) Has Transaction Cost Economics’ discriminating alignment hypothesis been verified in the case of the Oil-for-Food scandal inquiry? The inquiry, which contains “sovereign” as well as “quasi-judiciary” transactions elements, and though lack the “authority of the sovereign” and the “independence” of the judiciary attributes, did not work. Transaction Cost Economics alignment hypothesis did not verify and “probity” hazards – “ethics” – cannot be relieved by governance structures, i.e., incentives. I argue that Transaction Cost Economics should be modified to include McCloskey’s “virtues ethics” behavioral dimension as a transaction costs’ reduction device and an explanatory framework for bureaucratic ethical failures.