Teses e dissertações

Doutoramento
Psicologia Social de Lisboa
Título

A flexible view of spontaneous trait inferences

Autor
Ramos, Tânia Montenegro
Resumo
pt
Desde há muito que os psicólogos sociais se preocupam em compreender os processos envolvidos na interpretação comportamental. Uma questão central é tentar identificar as condições em que os percipientes inferem traços de personalidade acerca dos outros actores socias. Estudos recentes (e.g., Winter & Uleman, 1984) sugerem que inferir um traço acerca de um actor, a partir do seu comportamento, é um processo espontâneo, com características de automaticidade. Na presente proposta, são apresentados resultados que favorecem uma visão mais flexível do processo de inferências espontâneas de traço (IET). Primeiro, testou-se em que medida as IET são menos prováveis quando os comportamentos não são tão implicativos de traço (Experiência 1). Segundo, em dois conjuntos de experiências, examinou-se em que medida as IET são modeladas por requisitos de coerência. No primeiro conjunto, explorou-se a influência da categoria social do alvo na ocorrência de IET e de inferências espontâneas situacionais (Experiências 2, 3, e 4). No segundo conjunto, analizou-se o efeito da apresentação de informação comportamental prévia acerca do actor na magnitude das IET (Experiências 5 e 6). Por último, explorou-se a natureza das IET. Na Experiência 7, verificou-se em que medida IET prévias são usadas deliberadamente em tarefas subsequentes. Na Experiência 8 analisou-se a influência das IET no processamento subsequente de informação consistente ou inconsistente. Os resultados, em geral, favorecem uma visão flexível das IET. Serão debtidas as implicações dos resultados para o debate acerca da automaticidade das IET, assim como para a análise dos processos subjacentes às IET.
en
For a long time, social psychologists focused on understanding how perceivers interpret other people’s behavior. One central question has been the identification of the conditions under which perceivers infer personality traits of others. Recent studies (e.g., Winter & Uleman, 1984) suggested that the inference of a trait about an actor from his behavior is a spontaneous process, with characteristics of automaticity. In the present thesis, evidence is presented in favor of a more flexible view of the spontaneous trait inference (STI) process. First, we tested whether STIs are weaker when traits are not so easily inferable from behaviors (Experiment 1). Second, in two sets of experiments we examined whether STIs are guided by coherence requirements. In the first set, we explored whether both STI and spontaneous situational inferences are influenced by the social category of the actor (Experiments 2, 3, and 4). In the second set, we analyzed whether STIs are influenced by the previous presentation of behavioral information about the same actor (Experiments 5 and 6). Finally, the nature of the STI process was further explored by examining whether previous STIs are deliberatively used is subsequent tasks (Experiment 7) and by analyzing how previous STIs influence the processing of congruent and incongruent information (Experiment 8). Results, in general, support a flexible view of the STI process. The implications of our work for the debate about the automaticity of the STI process, and for the analysis of the cognitive mechanisms underlying STIs are discussed.

Data

08-ago-2011

Palavras-chave

Flexibilidade
Flexibility
Inferências espontâneas de traço
Spontaneous trait inferences
Text comprehension
Compreensão de texto
Perceção social -- Social perception

Acesso

Acesso livre

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