Título
Why do we learn science better when it looks like a novel?
Autor
Soares, Sara Alexandre da Palma
Resumo
pt
A ciência é ubíqua e aprendê-la é vantajoso. Contudo, esta aprendizagem é desafiante, devido a uma lacuna entre pensamento quotidiano e pensamento científico. O presente trabalho subscreve à proposta de destacar a componente de literacia da educação científica, através da investigação do impacto dos textos narrativos enquanto ferramentas de aprendizagem científica mediadas pela literacia. Propusémos um diálogo entre quadros teóricos multidisciplinares e identificámos duas questões complementares para examinar a questão da aprendizagem com textos narrativos
científicos, concernentes, em primeiro lugar, aos resultados de aprendizagem e, em segundo lugar, às condições e processos que os geram (Capítulo 2). Desenvolvemos materiais de aprendizagem para investigar estas questões (Capítulo 3). Relativamente aos resultados de aprendizagem, estudos
comportamentais (Capítulos 4 e 5) e de eye tracking (Capítulos 5) mostraram que jovens adultas/os com pouco conhecimento científico prévio aprendem ciência de textos narrativos a vários níveis de compreensão. O primeiro estudo mostrou que esta aprendizagem pode ser superior ou equivalente àquela produzida por textos expositivos, dependendo do tópico científico. Relativamente às condições e processos de aprendizagem, os mesmos estudos mostraram que um conjunto de características das/os aprendizes contribuíram conjuntamente para esta aprendizagem. O segundo
estudo mostrou que atenção a e pensamentos sobre acção humana contribuíram independentemente para a aprendizagem (Capítulo 5). Finalmente, um estudo qualitativo revelou como textos narrativos e museus podem preencher lacunas entre pessoas e ciência (Capítulo 6).
Globalmente, os resultados sugerem que os textos narrativos podem ser uma ferramenta útil para aprender ciência e aproximar as/os aprendizes da faceta humana da ciência.
en
Science is pervasive, and everyone can benefit from learning it. Yet, it is also challenging, for reasons stemming from a gap between everyday and scientific thinking modes. The present work endorses the proposal of foregrounding the literacy component of science education, by thoroughly examining the impact of narrative texts as literacy-mediated science learning tools. We proposed a dialogue between multidisciplinary theoretical frameworks and identified two complementary questions for tackling the issue of learning from science narrative texts, pertaining, firstly, to learning outcomes and, secondly, to the conditions and processes generating them (Chapter 2). We developed learning materials to investigate these questions (Chapter 3). Regarding learning outcomes, a behavioural study and a combined behavioural and eye tracking study (Chapters 4 and 5) showed that young adults with low prior science knowledge learn from science narrative texts at various comprehension levels. The former study showed that this learning can be superior or equivalent to the one yielded by expository texts, depending on the science topic. Regarding learning conditions and processes, the same studies showed that a set of learner features jointly contribute to this learning. The latter study further showed that attention to and thoughts on human action make independent contributions to learning (Chapter 5). Finally, a qualitative study revealed how narrative texts and museums can help bridge gaps between people and science (Chapter 6). Overall, results suggest that narrative texts can be a useful tool for science learning and can bring learners closer to the human facet of science.