Título
A medicina dentária em Portugal: identificação dos principios fatores que condicionam os portugueses no acesso a cuidados de saúde oral
Autor
Baptista, Marta Carvalho Santos
Resumo
pt
As doenças orais constituem um dos problemas principais de saúde da população no geral.
Contudo, se adequadamente prevenidas e precocemente tratadas, é possível reduzir-se custos
económicos e obter-se ganhos em saúde consideravelmente relevantes. Portugal,
comparativamente a outros países europeus, apresenta desigualdade no acesso a cuidados de
saúde oral por parte da população. Dados recentes revelam que existe uma percentagem alta de
portugueses que nunca marcam consulta de saúde oral ou fazem-no menos de uma vez por ano.
Sendo esta uma realidade a nível nacional pretende-se, com este estudo, analisar quais os fatores
que estão na base de um não acesso regular dos portugueses aos cuidados de saúde oral. Da
mesma forma, pretende-se avaliar o estado de saúde oral da população em estudo e averiguar
eventuais diferenças entre duas populações de regiões geográficas distintas, Caldas da Rainha
e Leiria, bem como analisar a importância de um alargamento da especialidade de medicina
dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De forma a analisar os objetivos acima mencionados foi aplicado um inquérito a pacientes que
recorreram a clínicas dentárias e um rastreio de saúde oral observacional.
Dos 186 inquiridos, 79% recorrem com regularidade ao dentista/higienista oral. Dos 39
indivíduos que não recorrem com regularidade ao dentista, 31% referiu como entrave o fator
económico. Mais de metade da população inquirida (55%) referiu escovar os dentes pelo menos
duas vezes por dia. O valor de Índice de CPO da população de Caldas da Rainha foi de 0.39 e
de Leiria 0.54. Foi ainda relevante verificar que 98% da população inquirida defende que é
necessário uma presença maior da medicina dentária no SNS.
A associação dos resultados obtidos sugere que sejam definidas estratégias mais alargadas de
promoção de saúde oral junto da população adulta.
en
Oral health diseases are one of the major health problems of the population in general. However
if properly prevented and treated it is possible to reduce the economic costs associated to it and
obtain health gains considerably relevant. Compared to other European countries in Portugal
the population has inequality in access to oral health care. Recent data shows that there is a high
percentage of Portuguese people who never mark an oral health consultation or do it less than
once a year.
By knowing this national reality this study intend to analyze which factors are the basis of a
non-regular access of Portuguese to oral health care, it is also intended to assess the oral health
status of the population under study and check for possible differences between two populations
of different geographical regions, Caldas da Rainha e Leiria, and to analyze the importance of
extending the specialty of dentistry in the Nacional Health Service.
In order to analyze the objectives mentioned above it was administered a survey to patients who
resorted to dental clinics and an observational oral health screening.
With a total of 186 respondents it was possible to understand that 79% go to the dentist/ dental
hygienist regularly. Of the 39 people who don’t usually use these services 31% reported that
the economic factor is impeditive to access these services. More than half of the population
surveyed (55%) reported brushing their teeth at least twice a day. The value of the DMFT of
the population from Caldas da Rainha was 0.39 and 0.54 correspondent to the population from
Leiria. It was still relevant verifying that 98% of the population inquired believes that it is
required an enlarged presence of dentistry in the Portuguese Nacional Health Services.
The association of these results suggests that wider strategies about promotion of oral health
should be defined for the adult population.