Título
A perceção da população face à presença de mulheres na política
Autor
Simões, Raquel Filipa Gregório
Resumo
pt
A presença de mulheres em cargos políticos tem suscitado interesse nos últimos
anos. Por ser um fenómeno recente, a representação feminina ainda atinge valores
relativamente baixos. Esta dissertação pretende perceber qual a perceção da população
portuguesa face à presença de mulheres na política, mais concretamente se querem ver
mais mulheres como deputadas, se avaliam equitativamente as capacidades de liderança de
ambos os sexos, se concordam com quotas de género e, finalmente, se votariam numa
mulher. Os resultados mostram que homens e mulheres têm visões diferentes quanto ao
desejo de ter mais membros do Parlamento do sexo feminino e quanto à capacidade de
liderança de homens e mulheres: as mulheres querem ter mais deputadas e não recorrem
tanto a estereótipos de género. Relacionando a presença de mulheres na AR, a utilização de
estereótipos e as quotas com a idade e a ideologia, não foram encontradas diferenças de
opinião. Quanto às quotas de género, também não se encontraram diferenças de opinião
entre as variáveis analisadas. Por fim, no que diz respeito ao voto numa candidata
feminina: independentemente do sexo, idade e ideologia, a resposta é afirmativa.
en
The presence of women in political offices has raised interest in the last few
years. Being a recent phenomenon, female representation is still on low levels. This
dissertation aims to understand the Portuguese population’s perception on presence of
women in politics, more specifically if they want more female parliamentarians, if they
evaluate the leadership skills based on gender stereotypes, if they agree with gender quotas
and, finally, if they would vote in a woman. The results show that men and women have
different views of the presence of women in Parliament: women have a more favorable
opinion than men towards both. Regarding gender stereotypes, unlike men, women use
them less to evaluate the candidate’s capabilities than men. Ideology and age don’t show
differences in this analysis. When talking about voting in a woman and gender quotas there
is no difference between sexes, age or ideology: they would vote in a woman and they
don’t show different opinions about gender quotas.