Título
Stress e bem-estar no trabalho em inspetores do trabalho
Autor
Lopes, Dina Susana de Seixas
Resumo
pt
O presente estudo insere-se no âmbito de um projeto mais alargado e pretendeu contribuir para
identificar os níveis e preditores de stress em Inspetores do Trabalho. O estudo teve por base
modelos de recursos do trabalho (Modelo de Características do Trabalho de Hackman &
Oldham (1976); Modelo das Exigências-Controlo Laboral de Karasek, 1979 e Modelo de
Exigências-Recursos do Trabalho de Bakker e Demerouti, 2001), a partir dos quais, se
pretendeu analisar preditores de stress ao nível organizacional e individual, e a sua relação com
a sintomatologia dos indivíduos. Para o efeito realizou-se um estudo correlacional com medidas
validadas, com 146 Inspetores do Trabalho da Autoridade para as Condições do Trabalho.
Foram colocadas várias hipóteses tendo os resultados demonstrado uma relação negativa entre
o suporte social e a sintomatologia, que a disponibilidade de recursos do trabalho e recursos
pessoais são fundamentais para a existência de engagement, que trabalhadores engaged
demonstram menor sintomatologia, e que o stress sentido pelos indivíduos na interação social
está relacionado com a síndrome de burnout.
Os resultados sugerem ainda a importância da realização deste tipo de estudos com o objetivo
de contribuir para organizações mais saudáveis.
en
This study falls within a wider project and aims to contribute to a better understanding and to
help identify levels and predictors of stress in Labour Inspectors. The study was based on
models of job resources (The job characteristics model of Hackman & Oldham (1976); The job
demands-control model of Karasek, 1979 and The Job Demands-Resources of Bakker &
Demerouti, 2001) from which we intended to analyze predictors of stress in the organizational
and individual level and its connection with the symptoms of each individual. To do that, we
performed a correlational study with validated measures, involving 146 labour inspectors. We
have put several options and the results revealed a negative connection between social support
and symptomatology, that the existence of job resources and personal resources are
fundamental to the existence of engagement, that engaged workers reveal less symptomatology
and that the stress felt by individuals in social interaction is related to burnout.