Título
Emotions, burnout and presenteeism in the workplace
Autor
Vieira, Inês Daniela da Silva
Resumo
pt
O presente estudo foca-se na importância das emoções no local de trabalho, mais
especificamente no setor do retalho. Neste estudo, são analisadas algumas variáveis que
podem afetar o bom funcionamento das empresas, não só ao nível do desempenho individual,
como ainda ao nível das relações interpessoais, nomeadamente entre as chefias e empregados.
As variáveis estudadas são a raiva, como traço de personalidade, a Exaustão Emocional,
como parte do Burnout, a Produtividade Apesar da Doença, em vez da frequência do
Presentismo, e por último, o Surface e Deep Acting, decorrentes do emotional labour. Foram
igualmente estabelecidas algumas correlações entre estas variáveis, tendo permitido chegar a
resultados bastante satisfatórios.
Relativamente à metodologia, os dados foram recolhidos num estudo diário com duração
de 5 dias, com uma amostra total de 312 empregados. O primeiro estudo (n=119), analisado
através do cross-sectional self-reported measure, permitiu concluir que os indivíduos com
traço de raiva tinham ocorrências de Exaustão Emocional, mediadas pela má relação entre os
empregados e os supervisores, por sua vez moderada por diferentes níveis de Surface Acting.
O segundo estudo (L1=253 respostas diárias; L2=84 empregados), analisado através do
estudo longitudinal, resultou em duas relações diretas: a Exaustão Emocional afeta
negativamente o Presentismo (produtividade apesar da doença) e a perceção que os
empregados têm dos seus líderes quando se deparam com relações pouco éticas influência
negativamente a Produtividade Apesar da Doença.
Por último, a contribuição para uma melhoria destes problemas no local trabalho é
apresentada e discutida na perspetiva da gestão de recursos humanos.
en
The current study focuses on the importance of emotions in the workplace, more
specifically in the retail sector. In this study, we analyse some variables that can affect the
good functioning of companies, not only at the level of individual performance, but also at the
level of interpersonal relations, namely between managers and employees.
The variables studied are anger, as a personality trait, Emotional Exhaustion, as part of
Burnout, Productivity Despite Sickness, instead of the frequency of Presenteeism, and finally,
Surface and Deep Acting, resulting from emotional labour. Some correlations were also
established between these variables that lead to quite satisfactory results.
Regarding the methodology, the data were collected in a daily-basis study of 5 days with a
sample of 312 employees. The first study (n=119 employees), analysed through the crosssectional self-reported measure, concluded that subjects with Anger Traits showed Emotional
Exhaustion, mediated by a poor relation between employees and supervisors, in its turn
moderated by different levels of Surface Acting.
The second study (L1=253 daily answers; L2=84 employees), analysed through a
longitudinal study, resulted in two direct relationships: Emotional Exhaustion negatively
affects Presenteeism (Productivity Despite Sickness) and employees' perception of their
leaders when they have to deal with unethical relationships negatively influences Productivity
Despite Sickness.
Finally, the contribution to the improvement of these problems in the workplace is
introduced and discussed from a human resource management perspective.